Ibovespa emenda segunda perda, em baixa de 0,39%, aos 103,5 mil pontos

Publicado 04.01.2022, 15:38
Atualizado 04.01.2022, 19:10
© Reuters.  Ibovespa emenda segunda perda, em baixa de 0,39%, aos 103,5 mil pontos

Segundo dia de negócios em 2022, segundo dia de perda para o Ibovespa, que tem se mantido nos fechamentos em faixa inferior aos 105 mil pontos desde 28 de dezembro, o que corresponde a cinco sessões. Assim como ontem, a referência da B3 (SA:B3SA3) ficou nos 103 mil pontos, entre mínima de 103.096,26 e máxima de 104.276,32, saindo de abertura a 103.921,59. Ao fim, mostrava baixa de 0,39%, a 103.513,64 pontos, com giro a R$ 27,9 bilhões. Na semana, no mês e no ano, cai 1,25%.

De forma semelhante à vista na segunda-feira, o desempenho positivo das ações de grandes bancos (Itaú (SA:ITUB4) PN +2,84%, Unit do Santander (SA:SANB11) +1,46%) e de Petrobras (SA:PETR4) contribuiu para limitar as perdas do Ibovespa ao longo do dia. Com o petróleo em alta de 1,2% a 1,3%, e o Brent de volta à casa de US$ 80 por barril, após decisão da Opep+ de manter o aumento gradual da oferta, o avanço de Petrobras (ON +1,27%, PN +0,38%) chegou a colocar o índice em terreno positivo pela manhã e também no começo da tarde, mesmo com progressão do dólar à vista (+0,48%, a R$ 5,6900 no fechamento).

A terça-feira negativa em Nova York para S&P 500 (-0,06%) e Nasdaq (-1,33%), apesar de o blue chip Dow Jones (+0,59%) ter voltado a renovar hoje recorde de fechamento, contribuiu para segurar o Ibovespa, em dia de noticiário ainda relativamente enfraquecido, com atenção voltada, amanhã, para a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve. No velho continente, o índice pan-europeu Stoxx 600 renovou máxima histórica de fechamento pelo segundo dia.

"A recente alta de casos de Covid, especialmente nos Estados Unidos, não tem afetado o apetite por risco, com mortes e hospitalizações bastante controladas. O desempenho dos Treasuries na parte da tarde mostra que os investidores estão contando com aperto monetário no começo de março, enquanto o petróleo subiu com a confirmação, pela Opep, de aumento de 400 mil barris por dia para a produção em fevereiro", diz Romero de Oliveira, head de renda variável da Valor Investimentos.

"Com agenda econômica esvaziada no Brasil neste começo de ano, a volatilidade aqui ainda reflete as preocupações com a situação fiscal", acrescenta.

Apesar do bom desempenho dos índices de referência da renda variável no exterior neste começo de ano, a expectativa é de que a política monetária nas maiores economias, assim como no Brasil, fique mais restritiva em 2022, afetando o custo de oportunidade. A "alta de juros no radar" impacta, principalmente, as ações de varejo e tecnologia, observa em nota a equipe de research e estratégia da Terra Investimentos.

"Além disso, alguns pontos políticos seguem no radar, mesmo com Brasília em recesso; mercado segue acompanhando as falas do (deputado) Ricardo Barros sobre possível revisão do teto de gastos com 'excesso de arrecadação' e que o governo precisa gastar esse valor, devendo (em) parte ser usado para auxiliar na (recuperação após) tragédia da Bahia, enquanto outra parte (pode) ir para reajuste salarial dos servidores, que ameaçam greve", observa a Terra.

No Brasil, o efeito das mobilizações do funcionalismo federal por aumento de salários em 2022 pesa sobre a confiança dos investidores em relação ao fiscal. Depois dos auditores da Receita, a atenção se volta agora para outro segmento fundamental da máquina pública: os servidores do Banco Central.

Na ponta negativa do Ibovespa nesta terça-feira, destaque para Banco Inter (SA:BIDI4) (Unit -13,68%), Petz (SA:PETZ3) (-8,91%), Banco Pan (SA:BPAN4) (-7,82%), Locaweb (SA:LWSA3) (-6,75%), CVC (SA:CVCB3) (-6,53%) e Natura (SA:NTCO3) (-6,45%). Na ponta oposta, CSN Mineração (SA:CMIN3) (+7,09%), Itaú PN (+2,84%), Klabin (SA:KLBN11) (+2,55%), Suzano (SA:SUZB3) (+2,18%), B3 (+2,15%) e PetroRio (SA:PRIO3) (+2,12%).

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