Depois de acumular nove semanas seguidas de altas, o Índice Bovespa começa a semana em queda nesta segunda-feira, 26, na contramão das bolsas norte-americanas, que operam com viés de alta, em um ambiente de cautela no cenário internacional diante dos riscos de recessão em grandes economias. Por aqui, a baixa das ações está pulverizada entre praticamente todos os segmentos econômicos representados na bolsa brasileira, mas é contida pela alta das ações da Petrobras (BVMF:PETR4).
O Banco Central da Alemanha (Bundesbank) apontou que a economia alemã deverá crescer levemente no segundo trimestre de 2023, após entrar em recessão técnica diante de duas contrações seguidas em seu Produto Interno Bruto (PIB). Ele acrescenta, ainda, que a inflação deverá seguir desacelerando nos próximos meses, em seu relatório mensal do mês de junho, publicado nesta segunda.
O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham Al Ghais, afirmou nesta segunda-feira, durante discurso em conferência em Kuala Lumpur, na Malásia, que a demanda global por petróleo deve avançar a 110 milhões de barris até 2045. Mesmo com a transição energética almejada, o petróleo deve representar "cerca de 29% do mix de energia até lá", segundo ele.
No Brasil, boa parte das expectativas gira em torno da política monetária do Banco Central. Na terça, será divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e também o IPCA-15 de junho. Nesta segunda, o Boletim Focus mostrou que o mercado voltou a reduzir estimativas para a inflação deste e do próximo ano.
Em entrevista concedida agora pela manhã, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, ressaltou que o mercado revisou "brutalmente" as estimativas para o PIB em um mês e disse que com o avanço do arcabouço fiscal e da reforma tributária, as agências de rating deverão revisar suas avaliações do Brasil. Ceron criticou os juros elevados praticados no País e disse que toda a sociedade paga pelas taxas.
No noticiário da manhã, destaque também para a produção de petróleo e gás natural na região do pré-sal, que subiu 5,9% em maio, para 3,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), segundo dados preliminares da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O pré-sal representou 77,78% da produção do Brasil no mês passado.
Às 10h50, o Ibovespa tinha baixa de 0,18%, aos 118.759,29 pontos. Petrobrás ON e PN subiam 1,74% e 1,89%, nesta ordem.