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Ibovespa opera estável com mercado atento a tensões geopolíticas

Publicado 19.11.2024, 10:59
© Reuters. Tela de cotações da B3 em São Paulon05/08/2024nREUTERS/Carla Carniel
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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa retomava fôlego nesta terça-feira, após cair nos primeiros negócios, com investidores atentos à escalada das tensões geopolíticas, especialmente o conflito entre Rússia e Ucrânia, enquanto questões fiscais domésticas permaneciam no radar.

Por volta de 10h50, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação positiva de 0,04%, a 127.813,21 pontos. O volume financeiro somava 1,77 bilhão de reais, em véspera de feriado da Consciência Negra no Brasil.

No milésimo dia da guerra, a Ucrânia usou mísseis ATACMS dos Estados Unidos para atacar o território russo pela primeira vez, segundo o governo russo, em uma grande escalada do conflito.

A investida acontece depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, que está de saída da Casa Branca após a reeleição de Donald Trump, aprovou esta semana o uso pela Ucrânia dos mísseis de médio alcance dos EUA para tais ataques.

"O noticiário geopolítico deu uma piorada... O mercado está em estado de alerta", afirmou o analista Bruno Benassi, da Monte Bravo. Benassi também destacou uma agenda econômica interna esvaziada, deixando o índice mais propenso à influência externa.

Em Wall Street, os futuros dos principais índices acionários exibiam queda, à medida que as preocupações com a escalada das tensões entre a Rússia e a Ucrânia afetavam o apetite por risco, com investidores buscando ativos seguros.

De volta ao Brasil, o Rio de Janeiro encerra nesta terça a cúpula de líderes do G20, com discussões esperadas ao longo do dia sobre desenvolvimento sustentável e a transição para uma energia mais limpa.

Os agentes financeiros também acompanhavam palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), diante de preocupações com a situação fiscal e a política monetária do país.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) tinha variação positiva de 0,05%, devolvendo as perdas registradas mais cedo, em mais um dia de avanço dos contratos futuros do minério de ferro na Ásia. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações da manhã com alta de 3,05%, a 776 iuanes (107,17 dólares) a tonelada.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) tinha decréscimo de 0,03%, em pregão volátil para os preços do petróleo no exterior. O barril do Brent, usado como referência pela companhia, recuava 0,23%, a 73,13 dólares, após oscilar próximo da estabilidade.

- COPEL PNB (BVMF:CPLE6) subia 0,53%, após sua subsidiária Copel Geração e Transmissão informar na noite de segunda-feira que assinou a renovação de contratos de concessão das hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias, por 30 anos por um valor total de 4,1 bilhões de reais.

- SABESP ON (BVMF:SBSP3) ganhava 1,24%, tendo como pano de fundo a contratação de financiamento de 1,06 bilhão de reais junto à International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, para programas de infraestrutura de saneamento básico.

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- TAESA UNIT (BVMF:TAEE11) avançava 0,18%. A companhia elétrica anunciou na véspera que obteve junto ao Ibama todas as licenças de instalação de projeto de linha de transmissão Açailândia-Dom Eliseu II, entre o Maranhão e o Pará, permitindo o início das obras. O projeto envolve investimento de 1,12 bilhão de reais e tem extensão de cerca de 280 quilômetros.

- BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) e ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) tinham altas de 0,44% e 0,41%, respectivamente. Ainda no setor, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) subia 0,12% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) perdia 0,67%.

(Reportagem de Patricia Vilas Boas)

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