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Ibovespa recua com desconforto sobre quadro fiscal; Vale sobe

Publicado 31.08.2023, 11:17
© Reuters. REUTERS/Amanda Perobelli
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta quinta-feira, em meio a desconforto com a cena fiscal doméstica, tendo o setor financeiro entre as maiores pressões de baixa após aprovação do projeto que devolve ao governo o voto de minerva em caso de empates no Carf, enquanto Vale subia com a alta do minério de ferro na China.

Às 10h59, o Ibovespa caía 0,49%, a 116.955,24 pontos, acumulando em agosto até o momento um declínio de 4% - que quebra uma sequência de quatro meses em alta. O volume financeiro na sessão somava 3,19 bilhões de reais.

A queda no mês é acompanhada de forte saída de capital externo da bolsa paulista, com as vendas superando as compras em 12,56 bilhões de reais em agosto até o dia 29.

O último pregão do mês trouxe a terceira prévia da carteira do Ibovespa que irá vigorar a partir de segunda-feira até o final do ano, confirmando a entrada das ações da PetroReconcavo (BVMF:RECV3) e da Vamos, assim como a saída dos papéis da Méliuz (BVMF:CASH3).

Também no radar está a aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores por mais quatro anos, o que, na visão do superintendente de research da Ágora, José Cataldo, "significa menos recursos e a manutenção do ambiente fiscal desafiador".

Cataldo ainda destacou em nota a clientes que "todos os olhos devem estar atentos ao Projeto de Lei Orçamentária de 2024 (PLOA), que chegará ao Congresso hoje".

Na véspera, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o Orçamento de 2024 prevê aumento de 129 bilhões de reais da despesa primária em relação a este ano e estabelece uma ampliação de 168 bilhões em arrecadação para assegurar a previsão de um déficit zero no ano.

Tais detalhes vieram após o Tesouro Nacional reportar que o governo central registrou déficit fiscal primário de 35,9 bilhões de reais em julho, forte deterioração ante o saldo positivo de 18,9 bilhões um ano antes e pior do que as expectativas, o que desagradou agentes financeiros.

Nesta quinta-feira, o Banco Central divulgou que a dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou julho em 74,1%, contra 73,6% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 59,6%, de 59,1%.As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 73,9% para a dívida bruta e de 59,7% para a líquida.

Em Wall Street, a sessão era positiva, após uma leitura da inflação muito aguardada ficar em linha com as expectativas, mantendo vivas as expectativas de que o Federal Reserve possa interromper seu aperto monetário. O S&P 500 tinha elevação de 0,29%.

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DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedia 1,55%, a 27,24 reais tendo no radar a aprovação pelo Senado projeto de lei que retoma o voto de qualidade em casos de empate nas decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) avaliam que a notícia é negativa para o setor financeiro, uma vez que bancos e empresas não bancárias têm ações relevantes e alguns desses casos podem ser priorizados à medida que o governo busca mais receitas. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) perdia 1,32%.

- B3 ON (BVMF:B3SA3) recuava 1,59%, a 13,01 reais, também pressionada pelo avanço do projeto de lei do Carf, que agora segue à sanção presidencial. De acordo com o JPMorgan, a B3 tem uma exposição de 12,2 bilhões de reais em processos no órgão e já se beneficiou do voto de qualidade no passado - quando era a favor do contribuinte.

© Reuters. REUTERS/Amanda Perobelli

- VIA ON (BVMF:VIIA3) mostrava declínio de 2,26%, a 1,3 real, tocando uma mínima intradia desde 2016 de 1,26 real, em sessão bastante negativa para papéis de varejo na B3. A dona das redes Casas Bahia e Ponto e do banco digital banQi também anunciou nesta quinta-feira que contratou Bradesco BBI, BTG Pactual (BVMF:BPAC11), UBS Brasil, Itaú BBA e Santander Brasil (BVMF:SANB11) para uma "potencial" oferta de ações que pretende levantar pelo menos 1 bilhão de reais. No setor, MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) caía 2,05%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) subia 1,8%, a 66,15 reais, conforme os futuros do minério de ferro subiram nesta quinta-feira na China para o maior nível em cinco semanas. O contrato mais negociados na Dalian Commodity Exchange (DCE) fechou as negociações do dia com alta de 3,54%, a 849 iuanes (116,47 dólares) por tonelada, máxima desde 1º de agosto. A Vale também disse que iniciou testes com carga da primeira fábrica de briquetes de minério de ferro na unidade de Tubarão, em Vitória (ES), e se prepara para começar a atender uma fila estimada de 18 meses de clientes.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) cedia 0,8%, a 32,36 reais, após renovar mais cedo máxima histórica intradia a reais. O papel acumula em agosto uma valorização de cerca de 8%,. No exterior, o barril de petróleo Brent tinha elevação de 0,94%, a 86,67 dólares.

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