Ibovespa recua com LWSA entre maiores quedas e mercado à espera de pacote fiscal

Publicado 27.11.2024, 11:43
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa reverteu o sinal positivo da abertura e recuava nesta quarta-feira, com LWSA entre as maiores quedas após o Citi cortar a recomendação das ações, enquanto investidores permanecem na expectativa para o pacote fiscal prometido há semanas pelo governo brasileiro.

Por volta de 11h35, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,17%, a 129.702,66 pontos, após chegar a 130.282,83 na máxima mais cedo. Na mínima, marcou 129.478,35 pontos, em pregão também influenciado por alguma cautela diante de feriado nos Estados Unidos na quinta-feira. O volume financeiro somava 3,8 bilhões de reais.

Na visão da equipe da Ágora Investimentos, a bolsa tende a ter um "dia morno" em meio à indefinição relacionada ao pacote fiscal e o feriado nos Estados Unidos na quinta-feira - em razão do Dia de Ação de Graças.

Do ponto de vista gráfico, a equipe afirmou que o Ibovespa apresentou na véspera mais um forte movimento de alta e rompeu referências de resistência..., "indicando possível reversão de tendência com próximo objetivo de alta nos 130.650 pontos", de acordo com relatório enviado a clientes.

 

DESTAQUES

- LWSA ON (BVMF:LWSA3) era negociada em baixa de 5,57%, tendo com pano de fundo relatório do Citi cortando a recomendação da ação de "compra/alto risco" para "neutra/alto risco", enquanto preço-alvo do papel caiu de 6,9 para 4,9 reais. TOTVS ON (BVMF:TOTS3), que também sofreu um "downgrade", caía 1,25%.

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) cedia 3,57%, em sessão de ajustes, após forte valorização nos três pregões anteriores, quando contabilizou um ganho de 16,4%. A sessão era de queda generalizada no setor, com o índice do segmento de consumo na B3 (BVMF:B3SA3) perdendo 0,91%.

- CYRELA ON (BVMF:CYRE3) caía 2,59%, também devolvendo parte de ganhos recentes -- em três sessões até a terça-feira acumulou uma alta de 5,7% -- em dia mais negativo para construtoras, com o índice do setor imobiliário na B3 recuando 1,31%.

- CARREFOUR BRASIL ON (BVMF:CRFB3) avançava 1,88%, engatando a quarta sessão seguida de valorização após acumular até o último dia 21 uma queda de 15,75% no mês. Nos últimos pregões, a empresa ocupou holofotes em meio a declarações do presidente global do grupo sobre a carne brasileira que foram retratadas em seguida.

- VALE ON (BVMF:VALE3) subia 0,38%, apoiada na alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com alta de 1,08%, a 792,0 iuans (109,19 dólares) a tonelada.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançava 0,15%, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent, usado como referência pela estatal, tinha elevação de 0,22%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedia 0,17%, após forte valorização na véspera, quando fechou com acréscimo de 1,9%. No setor, o sinal negativa prevalecia, com BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) subindo 0,12%, mas BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) recuando 0,51% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) caindo 0,3%.

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