SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa de valores de São Paulo recuava nesta segunda-feira, pressionada por um ambiente externo marcado pelo colapso do banco norte-americano SVB, que causou uma onda de venda de ações do setor na Europa e na Ásia.
O SVB Financial Group (NASDAQ:SIVB) um dos principais bancos dos Estados Unidos especializado em atendimento de startups de tecnologia, foi fechado na sexta-feira e na noite de domingo reguladores bancários do país garantiam que os correntistas da instituição continuarão com acesso aos recursos depositados no banco.
O fechamento do banco ocorreu após aumentos nas taxas de juros que afetaram empresas de tecnologia iniciantes e uma tentativa fracassada de aumento de capital da instituição que estimulou uma corrida de saques.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que conversou no fim de semana com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre potenciais impactos da crise no SVB e comentou em entrevista a jornalistas que ação do Fed sobre o banco norte-americano foi positiva.
"Vamos ver se ao longo do dia a autoridade monetária do Brasil terá que tomar alguma providência em termos de efeitos sobre economias periféricas após o colapso do SVB", disse Haddad.
Apesar da ação das autoridades norte-americanas ter trazido algum alívio nas tensões e indicações de que o ciclo de aperto monetário do Federal Reserve pode ter um ponto final mais baixo, o setor bancário recuou na Ásia e era pressionado em bolsas europeias, com papéis do Credit Suisse (SIX:CSGN) desabando mais de 13%.
Às 10h34, o Ibovespa mostrava baixa de 1,2%, a 102.339,43 pontos.
Enquanto isso, as ações de bancos também mostravam perdas, com Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) recuando 0,9%, Bradesco (BVMF:BBDC4) em baixa de 1,1%, Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), caindo 1,2% e Santander Brasil (BVMF:SANB11) se desvalorizando cerca de 1%.
Na outra ponta, empresas de varejo lideravam os ganhos, com Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) subindo cerca de 4% e Via avançando 5,5%.