Nvidia rebate narrativa de bolha de IA enquanto Blackwell impulsiona resultados do 3º tri
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, com Petrobras entre as maiores pressões, acompanhando a queda do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros aguardam a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, em meio a dúvidas sobre novos cortes nos juros na maior economia do mundo.
Investidores também continuam monitorando os desdobramentos envolvendo o Banco Master, após o Banco Central decretar a liquidação extrajudicial da instituição financeira na véspera por "graves violações" às normas que regem o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e problemas de liquidez.
Por volta de 11h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,37%, a 155.941,84 pontos. O volume financeiro nesta véspera de feriado no Brasil somava R$2,1 bilhões.
O Fed divulga às 16h (de Brasília) a ata da reunião do mês passado, quando os juros norte-americanos foram reduzidos em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%, em decisão não unânime. Comentários públicos das autoridades do Fed desde o encontro têm reforçado as diferenças de opinião.
A sessão também é marcada por expectativa para o balanço da Nvidia, que será analisado com lupa, em meio a preocupações de uma bolha no setor de inteligência artificial. Em Nova York, os futuros acionários apontavam uma abertura positiva em Wall Street.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN caía 0,79%, acompanhando o declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent recuava 2,56%. PETROBRAS ON cedia 1,12%.
- SANTANDER BRASIL UNIT perdia 0,45%, tendo como pano de fundo relatório do Itaú BBA cortando a recomendação da ação para "market perform". ITAÚ PN caía 0,42% e BRADESCO PN cedia 0,47%. BANCO DO BRASIL ON tinha variação negativa de 0,32%, após a divulgação sobre pagamento de remuneração a acionistas.
- VALE ON perdia 0,34%, abandonando o sinal positivo da abertura, mesmo com alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o vencimento mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou a sessão do dia com alta de 0,76%.
- MOTIVA ON recuava 1,76%, após anunciar na noite de terça-feira acordo com a mexicana Asur para venda de sua operação de aeroportos no Brasil e América Latina avaliando os ativos em R$11,5 bilhões.
- COPEL ON caía 1,69% em dia de Investor Day da elétrica, que também anunciou aprovação pelo conselho de administração de proposta orçamentária de R$3 bilhões em investimentos para 2026 e sinalização de R$14,89 bilhões para 2027-2030.
- CSN ON cedia 0,49% tendo no radar anúncio de que está negociando com a controlada CSN Mineração a venda de parte de sua fatia na ferrovia MRS. CSN MINERAÇÃO ON recuava 2,65%.
- BRASKEM PNA subia 2,63%, ampliando a alta em novembro, conforme agentes financeiros continuam monitorando eventual desfecho envolvendo a participação da Novonor na petroquímica. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o acordo para transferir a participação da ex-Odebrecht na Braskem para a IG4 Capital será assinado nesta semana.
- BRB ON, que não faz parte do Ibovespa, desabava 6,07%. O banco decidiu contratar uma auditoria externa para apurar fatos apontados pela operação Compliance Zero, da Polícia Federal, que levaram ao afastamento do presidente na véspera. BRB PN recuava 0,48%.
- EMAE PN, que não faz parte do Ibovespa, caía 5,21%, após divulgar que mantém CDBs emitidos pelo Letsbank, que faz parte do conglomerado do Banco Master, equivalentes a 5,88% do ativo total consolidado no final do terceiro trimestre.
- JALLES MACHADO ON, que não faz parte do Ibovespa, subia 2,46%, após divulgar dados sobre moagem de cana e produtividade na safra 2025/26.
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(Por Paula Arend Laier, edição Alberto Alerigi Jr. E Michael Susin)
