Investing.com - O principal índice de ações da bolsa paulista, o Ibovespa opera com valorização de 0,66% aos 72.785,54 pontos no início da tarde desta terça-feira, depois de fechar os últimos cinco pregões com perdas. Somente nos últimos cinco dias, as perdas foram de 8%.
O mercado recebeu bem o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que veio dentro do esperado pelo mercado, o que gera uma tranquilidade para os investidores na véspera do início da reunião do Federal Reserve.
Em relação reunião do Fomc, que tem início hoje, o mercado dá como certa a elevação dos juros da economia americana em 25 pontos base, indo 1,50% a 1,75% para 1,75% a 2,0% ao ano. As atenções devem se voltar para entrevista coletiva que será concedida pelo presidente do Fed, Jerome Powell, após o anúncio da nova taxa.
Por aqui, a preocupação com o cenário fiscal e político permanece, com as incertezas eleitorais sendo um dos motivos para a volatilidade no mercado local de ações.
Na sessão de hoje, destaque para a valorização das ações da Via Varejo (SA:VVAR11), que saltam mais 9% a R$ 21,98 em meio às notícias de uma possível veda da empresa pelo grupo francês Casino. Desempenho também é positivo para os ativos do Magazine Luiza (SA:MGLU3), com ganhos de 3,98% a R$ 110,45. Banco do Brasil (SA:BBAS3) (3,91%), CSN (SA:CSNA3) (3,47%) e Suzano Papel e Celulose (SA:SUZB3) (2,84%) completam a lista das cinco maiores altas do dia.
Na ponta contrária, as ações da Embraer (SA:EMBR3) comandam as perdas do dia, recuando 1,67% a R$ 22,94, seguida de Iguatemi (SA:IGTA3), com queda de 1,02% a R$ 30,19 e TAESA (SA:TAEE11) que perde 1,05% a R$ 18,80. Completam a lista das cinco maiores quedas CVC Brasil (SA:CVCB3) e Cielo (SA:CIEL3).
Dólar cai mais de 1%
O dólar voltou a ampliar a queda e caía mais de 1 por cento, para a casa de 3,67 reais, após o Banco Central realizar nova intervenção no mercado, levando os investidores a deixarem o cenário externo em segundo plano.
Às 13:02, o dólar recuava 1,26 por cento, a 3,6799 reais na venda, depois de subir 0,54 por cento na véspera.
A moeda norte-americana renovou a mínima do dia, a 3,6680 reais no início da tarde, logo após o BC chamar leilão de novos swaps cambiais tradicionais com oferta de até 30 mil, vendidos integralmente.
"O mercado está cauteloso em função da reunião do Fed e questões internas, mas ele se mantém amortecido com o BC agindo", afirmou o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Na semana passada, o BC prometeu injetar 20 bilhões de dólares adicionais em novos swaps cambiais --equivalentes à venda futura de dólares-- até a próxima sexta-feira para dar liquidez ao mercado e ajudar a conter a volatilidade.
Mais cedo, o BC já havia feito um leilão com o mesmo tamanho, também vendido integralmente, colocando neste mês, até o momento, 16,116 bilhões de dólares em novos swaps.
Também vendeu a oferta integral de até 8.800 swaps cambiais tradicionais para rolagem, já somando 3,520 bilhões de dólares do total de 8,762 bilhões de dólares que vence em julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, fará rolagem integral.
O dólar chegou a subir ante o real nesta sessão, em sintonia com o exterior, com os investidores cautelosos com o desfecho do encontro de política monetária do Federal Reserve, banco central norte-americano, no dia seguinte, depois de terem recebido dados em linha sobre a inflação norte-americana.
"No geral, esses números estão alinhados com as expectativas e, como tal, não devem movimentar muito os mercados hoje ou mudar o debate para os formuladores de políticas antes da reunião do Fed amanhã", afirmou o analista da gestora CIBC Andrew Grantham.
Com Reuters