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Ibovespa sobe 2,26%, a 112,2 mil pontos, mas cede 5% na semana

Publicado 11.11.2022, 15:36
Atualizado 11.11.2022, 19:10
© Reuters.  Ibovespa sobe 2,26%, a 112,2 mil pontos, mas cede 5% na semana
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Após queda de 3,35% na sessão anterior, o Ibovespa conseguiu aproveitar o bom humor externo e efetivar retomada parcial nesta sexta-feira, 11, ao fechar em alta de 2,26%, aos 112.253,49 pontos. Ainda assim, acumulou perda de 5,00% na semana, comparada a ganho de 5,90% para o índice amplo de Nova York, o S&P 500, no intervalo. Na semana passada, colada ao segundo turno da eleição, o Ibovespa tinha subido 3,16%, após recuo de 4,49% na anterior, que antecedeu o pleito de 30 de outubro.

Hoje, oscilou entre mínima de 109.408,10 e máxima de 113.009,62 pontos, com abertura a 109.775,46 pontos. O giro se manteve elevado nesta última sessão da semana, a R$ 49,8 bilhões. No mês, o Ibovespa cede agora 3,26%, com ganho no ano a 7,09%. A perda de 5% para o Ibovespa na semana foi a pior desde o intervalo entre 13 e 17 de junho, quando cedeu 5,36%.

As recentes idas e vindas do índice mostram um padrão de volatilidade associado especialmente à condução da política fiscal sob o futuro governo, em um contexto externo ainda desafiador em meio ao ajuste das políticas monetárias nas maiores economias, com elevação dos juros. Aqui, a percepção de que a nova administração moverá todos esforços para cumprir promessas de campanha logo na largada de mandato, como o reajuste real do salário mínimo e a manutenção do benefício social (Auxílio Brasil) em R$ 600, mantém os investidores na defensiva.

Contudo, as perdas acumuladas entre segunda e quinta, que superavam 7% no fechamento de ontem, abriram caminho para recuperação técnica nesta sexta-feira, em sessão favorecida, no exterior, por afrouxamento de parte das medidas de controle da Covid na China, o que deu impulso em particular às ações de mineração e siderurgia. Vale ON (BVMF:VALE3), de grande peso no índice e que ontem havia conseguido escapar à correção do Ibovespa, avançou hoje 10,40%, colocando o ganhos na semana a 13,91%.

O dia também foi fortemente positivo para a siderurgia, outro setor correlacionado à China, com ganhos que chegaram a 16,81% em CSN (BVMF:CSNA3) (ON), nesta sexta-feira, em sessão favorável também para Petrobras (BVMF:PETR4), com a ON em alta de 3,40% e a PN, de 3,33%, no fechamento. Na ponta do Ibovespa nesta sexta-feira, junto com CSN e Vale, destaque para JBS (BVMF:JBSS3) (+11,92%), Usiminas (BVMF:USIM5) (+10,58%) e Minerva (BVMF:BEEF3) (+10,49%). No lado oposto, Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) (-13,07%), Locaweb (BVMF:LWSA3) (-9,82%), Cogna (BVMF:COGN3) (-5,68%), B3 (BVMF:B3SA3) (-5,48%) e Via (-5,43%).

"Depois de dois dias de queda para o Ibovespa (de 3,35% na quinta e de 2,22% na quarta-feira), o adiamento da apresentação do texto-base da PEC da Transição acabou sendo um fator positivo para a correção de hoje. A esperança do mercado é de que o texto venha ainda a refletir preocupação com a questão fiscal, de qual será a sinalização dos gastos públicos para programas sociais. O mercado segue monitorando de perto a composição desse texto", diz Stefany Oliveira, chefe de análise de trading na Toro Investimentos.

No começo da tarde, o índice renovava então máximas do dia, com reação positiva do mercado a comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em que pareceu mostrar tranquilidade com a situação fiscal doméstica. Durante evento, ele disse que a mudança de governo será um teste para a autonomia formal do BC, mas não deve reverter a medida. "Eu acho que a autonomia segue. É importante que eu fique esses dois anos justamente para mostrar que a autonomia funciona, mas o Banco Central é técnico, vai trabalhar com o governo novo, tentar cooperar no que for possível", afirmou.

Campos Neto reconheceu a forte reação negativa, ontem, dos ativos brasileiros aos planos fiscais do governo eleito, mas tentou passar uma mensagem serena, de que é preciso aguardar o desenho final das medidas.

"Tivemos um dia mais positivo após o forte movimento de queda, ontem. O mercado está bem preocupado com a PEC da Transição, especialmente depois das falas do presidente eleito, que reacenderam temores de postura um pouco mais radical. Ainda está tudo em terreno de incerteza: a equipe de transição tem tempo para trabalhar, há água para rolar", diz Felipe Moura, sócio e gestor da Finacap Investimentos, destacando em particular a preocupação do mercado com relação ao volume de recursos que ficarão de fora do teto de gastos, o que se reflete em aumento da percepção de risco fiscal para o próximo ano.

Pela manhã, a divulgação pelo IBGE do desempenho da atividade de serviços em setembro trouxe surpresa positiva, com crescimento de 0,9% ante agosto, acima do esperado, observa a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack. "Os serviços de informação e comunicação puxaram esse resultado, além da expansão que veio também dos serviços prestados às famílias, como alimentação fora de domicílio, turismo e entretenimento. Com o processo mais consolidado de reabertura da economia, que se reflete também na redução da taxa de desemprego, e a própria desaceleração recente da inflação, teremos um crescimento econômico bem melhor do que se previa no início do ano, perto de 3% para 2022", acrescenta.

Ainda assim, as expectativas do mercado financeiro para as ações no curtíssimo prazo estão mais cautelosas, mostra o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, 40% esperam queda para o Ibovespa, um salto ante a fatia de 18,18% da pesquisa anterior. Outros 40% acreditam em ganho, e 20,00%, em variação neutra, de 27,27% e 54,55%, respectivamente, no último Termômetro.

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