Ibovespa sobe com impulso de Petrobras e Vale

Publicado 07.06.2016, 11:40
Atualizado 07.06.2016, 11:50
Ibovespa sobe com impulso de Petrobras e Vale

Ações da Petrobras (SA:PETR4) avançam mais de 2% com alta do petróleo (Reuters/Ueslei Marcelino)

SÃO PAULO - O Ibovespa sai do terreno negativo e passa a subir nesta terça-feira (7) graças ao impulso de ações com grande peso no principal índice da Bolsa brasileira, como Petrobras e Vale.

Os papéis da estatal petrolífera se beneficiam da subida do preço do barril de petróleo, que reflete temores de interrupção na oferta da Nigéria. Além disso, analista do UBS elevou o preço-alvo para as ações da Petrobras de R$ 8 para R$ 12 para considerar a redução do risco-país e a apreciação recente do real frente ao dólar.

Já a mineradora Vale informou que pretende emitir bônus com vencimento em junho de 2021. A companhia utilizará os recursos líquidos dessa oferta para propósitos corporativos em geral, incluindo amortização de dívida.

Por volta de 11h30, o Ibovespa tinha valorização de 0,16%, aos 50.516 pontos. Entre as ações mais líquidas, destaque para a alta de 2,60% de Petrobras (PETR4) e de 1,69% de Vale (VALE5 (SA:VALE5)).

No mercado de câmbio, o dólar à vista caía 0,43%, cotado a R$ 3,4738.

Tensão política

O clima do pregão é permeado pela tensão política em Brasília que tende a injetar nova dose de instabilidade ao governo do presidente interino, Michel Temer.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, do ex-presidente da República José Sarney e do senador Romero Jucá sob a acusação de terem tentado obstruir a operação Lava Jato, segundo O Globo.

Além do efeito sobre a governabilidade e, consequentemente, na condução da agenda de ajuste fiscal no Congresso, sob eventual saída de Renan, Jorge Viana, do PT do Acre, assumiria a presidência do Senado. Isso elevaria, na margem, o desagradável risco de eventual retorno da presidente Dilma Rousseff.

Além disso, de acordo com O Estado de S. Paulo, a decisão do presidente em exercício Michel Temer de paralisar nomeações para cargos no governo, como fundos e estatais, iniciou uma crise em sua base aliada. Estão em disputa 400 diretorias e outros 700 postos em órgãos como a Furnas, Conab, Eletrobras (SA:ELET3), Cemig (SA:CMIG4), Casa da Moeda. Um experiente parlamentar governista afirmou que se as nomeações não saírem, ninguém irá votar a favor dos projetos do governo.

No cenário internacional, a sessão é de ganhos nas bolsas europeias e nos índices em Wall Street. Por trás do ânimo há a interpretação de investidores sob a ótica do “copo meio cheio" de que o discurso da presidente do Fed, Janet Yellen, sinalizou alta da taxa básica de juro dos Estados Unidos mais à frente.

A comandante do Federal Reserve, o banco central norte-americano, afirmou ontem que juros devem subir gradualmente e se negou a especificar um prazo; no pronunciamento ao fim de maio, ela havia mencionado alta “nos próximos meses”. As apostas de uma subida no juro na reunião de política montearia em julho caíram de 27% na sexta-feira para 22% hoje no mercado futuro norte-americano, segundo a Bloomberg News. Melhor para os ativos de risco emergentes.

O próximo encontro do Fed ocorre na semana que vem.

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