Ibovespa titubeia após máximas e com ameaça dos EUA no radar

Publicado 12.09.2025, 11:20
Atualizado 12.09.2025, 11:21
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa hesitava nesta sexta-feira refletindo movimentos de realização de lucros, após renovar máximas na véspera, e uma certa cautela à declaração do secretário de Estado dos Estados Unidos de que o país "responderá adequadamente" à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal.

Por volta de 11h05, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,13%, a 142.958,44 pontos, com as ações da Petrobras oferecendo um contrapeso positivo relevante. O volume financeiro somava R$3,2 bilhões.

Na véspera, o Ibovespa renovou máximas históricas, testando o patamar dos 144 mil pontos pela primeira vez, puxado principalmente pelas ações de bancos, depois que dados econômicos dos Estados Unidos referendaram as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.

No exterior, Wall Street tinha variações tímidas, após também renovar máximas históricas na quinta-feira, em meio às expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve. O S&P 500 rondava a estabilidade, enquanto o Nasdaq tinha variação positiva de 0,23% e Dow Jones perdia 0,12%.

Para a equipe da Ágora Investimentos, o tom mais contido no exterior e um receio entre os investidores sobre uma possível reação dos Estados Unidos ao desfecho do julgamento de Bolsonaro no STF podem prejudicar o desempenho dos ativos locais nesta sexta-feira, conforme relatório a clientes.

A Primeira Turma do STF condenou na quinta-feira o ex-presidente por cinco crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado após sua derrota na eleição de 2022 e o sentenciou a uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado.

Como consequência da condenação, Bolsonaro pode ficar inelegível até 2060.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse nesta quinta-feira que o país "responderá adequadamente a essa caça às bruxas" depois que Bolsonaro foi condenado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não teme novas sanções ao Brasil após a condenação do ex-presidente.

 

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 1,03%, em sessão de ajustes no setor, com BRADESCO PN caindo 0,47%, SANTANDER BRASIL UNIT cedendo 0,55% e BTG PACTUAL UNIT perdendo 0,75%. Na contramão do setor no Ibovespa, BANCO DO BRASIL ON subia 0,45%.

- PETROBRAS PN avançava 0,54%, endossada pela alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril sob o contrato Brent em alta de 1,64%. A estatal afirmou na quinta-feira que participará de leilão de reserva de capacidade e que tem 2,9 GW de térmicas descontratadas.

- VALE ON registrava um acréscimo de 0,3%, tendo como pano de fundo variações modestas dos preços dos contratos futuros do minério de ferro na China nesta sexta-feira e anúncio na véspera de que recebeu licença para expandir produção de minério de ferro em Carajás.

- GERDAU PN recuava 2,12%, capitaneando as perdas no setor siderúrgico, com CSN ON cedendo 0,77% e USIMINAS PNA em baixa de 0,66%.

- MINERVA ON valorizava-se 2,47%, enquanto a rival MARFRIG ON avançando 1,68%, com agentes de olho em eventuais alívio em tarifas comerciais dos EUA após o governo norte-americano retirar a taxa de 10% sobre exportações brasileiras de celulose e ferro-níquel.

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