Ibovespa volta a flertar com 139 mil, mas titubeia em meio a balanços

Publicado 14.05.2025, 10:10
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa voltava a flertar com os 139 mil pontos nesta quarta-feira, apoiado pelo avanço da Vale, mas titubeava em meio a movimentos de realização de lucros e nova bateria de balanços corporativos, incluindo os resultados de Azul, Raízen e JBS, cujas ações estavam entre as maiores quedas.

Por volta de 10h50, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,03%, a 138.923,33 pontos. Na máxima até o momento, marcou 139.361,58 pontos, perto do topo histórico intradia registrado na véspera, de 139.418,97 pontos. Na mínima, cedeu a 138.698,04 pontos

O volume financeiro somava R$3,5 bilhões, em pregão também marcado pelo vencimento de opções do Ibovespa.

"O Ibovespa superou a máxima histórica recente em 137.634 pontos, abrindo caminho para novas altas em direção aos 142.000 e 150.000 pontos", afirmaram analistas do Itaú BBA. "A frase de Buzz Lightyear, ’ao infinito e além!’ (no filme Toy Story), reflete o potencial de valorização do Ibovespa neste momento."

"No lado negativo, o suporte inicial está em 136.300 pontos. A perda desse nível pode iniciar uma realização de lucros mais acentuada, com potencial para buscar a região de 132.800 pontos, patamar que sustenta a tendência de alta no curto prazo", acrescentaram no relatório Diário do Grafista.

DESTAQUES

- NATURA&CO ON (BVMF:NTCO3) avançava 4,3%, ampliando os ganhos da véspera, ainda sobe efeito da avaliação positiva do primeiro trimestre da fabricante de cosméticos, enquanto os executivos da companhia reiteraram compromisso com melhora na rentabilidade da empresa e prometeram que os custos de reestruturação acabam neste ano.

- AZUL PN (BVMF:AZUL4) desabava 13,99%, após forte valorização na véspera, com agentes analisando o balanço do primeiro trimestre, que mostrou prejuízo líquido ajustado de R$1,82 bilhão. A receita líquida total da companhia aérea, porém, subiu 15,3% no período, para R$5,39 bilhões, apesar de uma queda de 3,5% no indicador "yield", de preços de passagens.

- JBS ON (BVMF:JBSS3) perdia 3,87%, mesmo após a maior produtora global de carnes reportar um lucro líquido de R$2,9 bilhões no primeiro trimestre, um salto de 77,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, diante de resultados favoráveis nas unidades de aves e suínos no Brasil e nos Estados Unidos, em linha com o esperado.

- BRF ON (BVMF:BRFS3) valorizava-se 1,88%, tendo no radar reportagem do Valor Econômico de que a dona da Sadia e Perdigão conseguiu afastar a tributação no Brasil dos lucros de uma controlada na Áustria, em decisão unânime da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A companhia também divulga balanço na quinta-feira, após o fechamento.

- YDUQS ON (BVMF:YDUQ3) mostrava alta de 5,22%, em sessão de ajustes, após forte queda na véspera da empresa de educação, em meio à repercussão do balanço do primeiro trimestre. No setor, COGNA ON (BVMF:COGN3) tinha elevação de 1,69%.

- RAÍZEN PN (BVMF:RAIZ4) perdia 2,79%, após a companhia de combustíveis e açúcar divulgar um prejuízo de R$2,5 bilhões no quarto trimestre fiscal, um salto ante o desempenho negativo de R$879 milhões um ano antes. A empresa, que acompanha o ano safra e opera postos da rede Shell (NYSE:SHEL) no Brasil, também divulgou na véspera projeções para 2025/26.

- CVC (BVMF:CVCB3) BRASIL ON subia 1,62%, em meio a um prejuízo líquido de R$7,4 milhões no primeiro trimestre, menor do que a perda de R$34,4 milhões do mesmo período de 2024. O resultado operacional medido pelo Ebitda somou R$100,2 milhões, expansão de 20,7% ano a ano. Em termos ajustados, a companhia de viagens registrou lucro líquido de R$24 milhões no período.

- SLC AGRÍCOLA ON tinha variação negativa de 0,03%, tendo no radar lucro líquido de R$510,7 milhões do primeiro trimestre, mais que o dobro do lucro apurado um ano antes. A SLC, uma das maiores produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, também disse que houve consumo de caixa de R$1,4 bilhão no trimestre, efeito principalmente de pagamentos relacionados à aquisição de terras.

- VALE ON (BVMF:VALE3) perdia 0,16%, mesmo com os contratos futuros de minério de ferro atingindo uma máxima em mais de cinco semanas na China nesta quarta-feira. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com alta de 2,43%, a 737 iuanes (US$102,16) a tonelada, maior fechamento desde 7 de abril.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) recuava 0,81%, enfraquecida pela queda dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent tinha declínio de 0,51%, a US$66,29.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subia 0,22%, em sessão mista para os bancos do Ibovespa, com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) mostrando acréscimo de 0,79%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3), que divulga balanço na quinta-feira, cedendo 0,17%, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) avançando 0,36% e BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT valorizando-se 0,47%. NU, que é negociada nos Estados Unidos, perdia 3,35%, após lucro líquido ajustado de US$606,5 milhões no primeiro trimestre, ligeiramente abaixo das estimativas de analistas.

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