Por Gabriel Codas
Investing.com - A International Meal Company (SA:MEAL3) informou no final da tarde de segunda-feira que teve prejuízo líquido de R$ 23,1 milhões no quarto trimestre de 2019, resultado 15 vezes maior do que as perdas de R$ 1,519 milhão de um ano antes. Diante disso, as ações registram desvalorização na bolsa.
Por volta das 11h15, as ações perdiam 4,22% a R$ 3,18, enquanto o Ibovespa operava estável com leve alta de 0,06% a 74.685 pontos.
Visão dos analistas
Na visão do BTG Pactual (SA:BPAC11), os números do trimestre foram melhores do que as expectativas e corroboram a visão positiva de longo prazo, justificada por melhores perspectivas do agressivo plano de expansão do contrato com Pizza Hut e KFC, juntamente com a alavancagem operacional de cozinha central.
No entanto, a pandemia do COVID-19 deve impactar a maioria dos negócios da MEAL nos próximos meses e, portanto, limitar a vantagem do curto prazo, apesar do recente desempenho inferior, com o IMC acumulando perdas de 63% no ano.
Mesmo assim, os analistas recomendam compra dos papéis da IMC, com preço-alvo em R$ 13,00, potencial de valorização de 300%.
Mais detalhes do balanço
Entre outubro e dezembro, a companhia teve receita de R$ 414,15 milhões, crescimento de 10% sobre igual período de 2018, o que corrobora a perspectiva do BTG. Já o custo de vendas e serviços teve acréscimo de 9,2% do quarto trimestre de 2018 para igual período do ano passado, para R$ 289 milhões.
No caso do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 28,4 milhões no 4º trimestre de 2019, alta de 22,5% ante igual período de 2018. A margem Ebitda ficou em 6,9% no último trimestre de 2019.
Restaurantes corporativos
A edição desta terça-feira do jornal Valor Econômico informa que as operadoras que funcionam dentro das empresas estimam uma perda de receita entre 18% e 35% já no mês de março e de até 55% do faturamento em abril, com a paralisação total ou parcial das atividades de diversos setores devido à pandemia do novo coronavírus.
O jornal destaca que cálculo foi feito pela Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc), sendo que o setor, que faturou R$ 20,6 bilhões no acumulado de 2019, emprega 380 mil pessoas no Brasil.