Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - O conglomerado Ultrapar (SA:UGPA3) faz uma baixa contábil de 593 milhões de reais referente ao valor recuperável de ativos de seu negócio de drogarias, a Extrafarma, o que pesou no resultado do grupo no quarto trimestre, com prejuízo de 268 milhões de reais.
Excluindo efeitos não recorrentes, a Ultrapar (SA:UGPA3) teve lucro ajustado de 133 milhões de reais entre outubro e dezembro.
A baixa contábil refere-se a um ajuste no ágio da aquisição, explicou a companhia do relatório de resultados. A Ultrapar explicou ainda que deixou a estratégia de expansão acelerada da Extrafarma em diversas regiões para uma consolidação em locais de maior rentabilidade.
O resultado operacional do grupo, medido pelo Ebitda ajustado --que desconsidera efeitos de baixas contábeis-- foi de 969 milhões de reais, alta de 20% sobre um ano antes. Analistas, em média, esperavam Ebitda de 925 milhões de reais para a Ultrapar no quarto trimestre, segundo dados da Refinitiv.
Em termos líquidos, porém, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) mostrou queda de 70%, para 267,7 milhões de reais.
A receita líquida da Ultrapar no trimestre somou 23,66 bilhões de reais, aumento de apenas 1% sobre um ano antes, refletindo o desempenho de seu principal braço de negócios, a rede de postos de combustíveis Ipiranga.
A Ultrapar fechou 2019 com dívida líquida de 8,7 bilhões de reais, o equivalente a 2,87 vezes o Ebitda ajustado, ante 8,6 bilhões em 30 de setembro, ou 2,72 vezes o Ebitda ajustado.