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Impasse de pagamento por WhatsApp completa dois meses sem solução à vista

Publicado 22.08.2020, 04:18
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A solução de pagamentos do WhatsApp completou dois meses de suspensão ontem, sem sinal de liberação pelo Banco Central (BC). As bandeiras de cartões Visa (NYSE:V) e Mastercard (NYSE:MA) já pediram solicitaram à autoridade monetária para atuar diretamente no app e têm prestado as informações solicitadas, mas ainda não há clareza sobre quando o serviço voltará a funcionar.

O serviço de envio e recebimento de dinheiro por meio do WhatsApp, que pertence ao Facebook (NASDAQ:FB), foi lançado no Brasil no dia 15 de junho. Com 120 milhões de usuários do aplicativo de mensagens, ou quase 60% da população brasileira, o País foi escolhido pelo Facebook para a estreia do app no setor de meios de pagamentos.

Uma semana depois do anúncio, porém, o BC suspendeu a solução, batizada de "pagamentos no WhatsApp", alegando a necessidade de avaliar questões de competição e privacidade. O movimento foi acompanhado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão antitruste, porém, voltou atrás de sua decisão ainda no fim de junho.

Embora o BC não tenha se pronunciado oficialmente, o maior avanço até agora foi a liberação para que o serviço seja testado, desde que sem transações de clientes reais. Apesar disso, a autoridade monetária deixou claro que essa permissão não faz parte do processo formal de análise nem sinaliza decisão final sobre o assunto.

O BC tem conversado com Visa, Mastercard e Facebook. As bandeiras já têm autorização para atuar no mercado brasileiro, mas tiveram de solicitar aval específico para o arranjo do aplicativo. Os demais parceiros locais do Facebook estão em compasso de espera. Nessa lista estão Banco do Brasil (SA:BBAS3), Nubank e Sicredi, além da Cielo (SA:CIEL3), que seria a responsável por processar os pagamentos.

Desde o lançamento, a solução do WhatsApp está no centro das atenções do mercado de meios de pagamento e aumentou a temperatura das discussões sobre a chegada das gigantes de tecnologia ao setor financeiro. A plataforma desagradou alguns pesos-pesados do mercado e também empresas de menor porte. Por terem acesso aos dados dos clientes, as "big techs" podem sair em vantagem em relação à concorrência.

Mas há quem levante questionamentos quanto à postura do órgão regulador no caso WhatsApp, uma vez que o próprio BC tem defendido a bandeira de maior competitividade.

O que mais preocupa, segundo apurou o Estadão/Broadcast, é a possibilidade de o órgão liberar a solução do WhatsApp depois da estreia do seu sistema de pagamentos instantâneos, o Pix. "Se depender apenas do Banco Central na posição de regulador, a autorização para o WhatsApp somente sairá após novembro", afirma uma das fontes do setor. O órgão regulador nega essa conexão.

O WhatsApp informou que tem mantido conversas com o BC para restaurar o recurso de pagamentos o mais rápido possível. O app citou a pandemia como argumento a mais para a liberação. "Devido à pandemia e às dificuldades econômicas que ela trouxe, acreditamos que haja uma necessidade urgente de que as pessoas enviem dinheiro umas às outras."

A Visa afirmou ter compartilhado com o BC as informações da solução. Já a Mastercard disse que solicitou ao regulador a autorização para que novos emissores interessados no serviço do WhatsApp façam testes.

O Banco do Brasil disse que "colabora com as discussões promovidas pelo regulador". Cielo e Nubank não quiseram se manifestar, enquanto a Sicredi não respondeu os contatos da reportagem.

Procurado, o Banco Central limitou-se a dizer que o pleito do WhatsApp está sendo analisado seguindo os mesmos trâmites dos demais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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