HOUSTON (Reuters) - O presidente da Shell (NYSE:SHEL) Plc's no Brasil disse nesta segunda-feira que um imposto temporário estabelecido em março sobre a exportação de petróleo é um desenrolar preocupante que pode prejudicar a atratividade de investimentos do país.
O governo brasileiro afirmou em março que o imposto temporário de quatro meses compensaria sua decisão de manter parcialmente a isenção de impostos sobre combustíveis para os consumidores e ajudaria a atingir as metas fiscais do país.
"Este é um precedente preocupante, mas espero que seja temporário e isolado para manter o Brasil como uma província competitiva no longo prazo", disse Cristiano Pinto da Costa em discurso na Conferência de Tecnologia Offshore em Houston.
O Brasil não deve adicionar "carga tributária a uma indústria que já está exposta", acrescentou.
A Shell tem 17 plataformas flutuantes atualmente produzindo petróleo e gás no Brasil e é a maior produtora do país depois da estatal Petrobras (BVMF:PETR4).
Grandes petrolíferas, incluindo Shell, TotalEnergies SE e Equinor ASA entraram com um pedido de liminar contra o imposto em março.
(Reportagem de Sabrina Valle)