WASHINGTON (Reuters) - Três laureados com o Nobel e dezenas de líderes civis, filantrópicos e ambientais endossaram nesta quinta-feira o candidato dos Estados Unidos para liderar o Banco Mundial, o ex-presidente-executivo da Mastercard Ajay Banga.
Joseph Stiglitz, que ganhou o prêmio Nobel de Economia em 2001; a presidente da New America Foundation, Anne-Marie Slaughter; e Fred Krupp, presidente do Fundo de Defesa Ambiental; estão entre as 53 pessoas que assinaram uma declaração de apoio a Banga.
"Ajay Banga possui uma rara combinação de liderança; histórico de construção de alianças bem-sucedidas nos setores público, privado e social; e experiência de trabalho em países em desenvolvimento", escreveram eles. "Ele é a pessoa certa para liderar o Banco Mundial neste momento crítico."
A declaração reflete o impulso crescente para a candidatura de Banga, um cidadão norte-americano nascido na Índia que ganhou apoio de seu país de origem, além de Quênia, Gana e Bangladesh, e recebeu críticas positivas de França e Alemanha na reunião do G20, no mês passado.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, indicou Banga, de 63 anos, no mês passado para substituir David Malpass, que anunciou renúncia após meses de controvérsia sobre falha inicial em dizer que apoiava o consenso científico sobre as mudanças climáticas.
Os signatários destacaram o trabalho de Banga em um programa agrícola na América Latina destinado a fortalecer a resiliência dos agricultores aos desastres climáticos e um programa de seguro agrícola que ele estruturou com o Banco Mundial de Alimentos e parceiros privados.
“Ele entende que o Banco Mundial deve servir como um multiplicador de forças, definindo a agenda certa e, em seguida, catalisando ações entre governos, setor privado, bancos multilaterais de desenvolvimento, sociedade civil e filantropia”, disse a declaração.
Nenhum outro candidato foi anunciado publicamente, embora a Rússia diga que está consultando seus aliados sobre a nomeação de seu próprio candidato, em um movimento que pode retardar o progresso em direção à meta do banco de eleger um novo presidente até o início de maio.
(Por Andrea Shalal)