São Paulo, 26 set (EFE).- Os pequenos e médios empresários brasileiros continuam otimistas com seus negócios, segundo o Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN), elaborado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e pelo banco Santander.
O indicador chegou a 74,6 pontos, em uma escala de 0 a 100, dado que implica uma alta de 0,67% frente ao trimestre anterior.
Um dos elementos que fortalecem essa tendência é o aumento da confiança no futuro do conjunto da economia brasileira, que passou dos 71,2 pontos no terceiro trimestre para 74,1 pontos no quarto.
A perspectiva de investimento do empresário permanece estável em 71,3 pontos, enquanto a intenção de contratação de empregados passou de 68,2 pontos no terceiro trimestre para 67,5 no quarto, diferença que representa uma queda de 0,92 %.
Por setores, o que expressou uma confiança mais acentuada foi o comércio, que amparado no próximo Natal, se situou nos 75,3 pontos, um aumento de 2,21% frente ao valor do trimestre precedente.
No entanto, no setor industrial, o otimismo do pequeno e médio empresário retrocedeu 2,72%.
Na opinião do professor do Insper, José Luiz Rossi, a dinâmica das pequenas e médias empresas é diferente da dos grandes empresários, motivo pelo qual as medidas recentemente aprovadas pelo governo, como a redução da fatura elétrica, tem uma incidência menor sobre suas operações.
Rossi detalhou que para as pequenas e médias empresas são mais determinantes medidas no âmbito tributário e trabalhista, que ainda não foram abordadas.
O IC-PMN, lançado pela primeira vez em novembro de 2008, tem por objetivo refletir as expectativas das pequenas e médias empresas com frequência trimestral.
Para a elaboração do índice do quarto trimestre, entre os dias 1º e 5 de setembro foram entrevistados 1,2 mil empresários sobre suas expectativas para o fechamento do ano.
Além disso, o Banco Santander anunciou hoje o lançamento de um produto de capital dirigido às pequenas e médias empresas que prevê bonificações de prazos para os clientes que paguem na data de vencimento.
Na opinião da instituição bancária, o produto tem como vantagem o fato de o empresário se transformar em gerente de suas taxas. EFE