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Infracommerce: Sem aquisições, emissão de debêntures ou recompra de ações em 2022

Publicado 14.05.2022, 08:00
Atualizado 14.05.2022, 08:00

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com - Um ano após o IPO, que ocorreu em maio do ano passado, as ações da Infracommerce (SA:IFCM3) recuaram cerca de 72%. No entanto, a recompara de ações não está nos planos da empresa, que oferece serviços digitais para marcas e indústrias com conceito de Customer Experience as a Service (CXaaS). Entre os clientes, estão grandes players, como Unilever (SA:ULEV34)(LON:ULVR), Nike (SA:NIKE34)(NYSE:NKE) (SA:NIKE34), Dior (EPA:DIOR) e Johnson & Johnson (NYSE:JNJ)(SA:JNJB34).

A empresa divulgou os resultados do primeiro trimestre na última quinta-feira (12), após o fechamento do mercado. Reportou R$59,6 milhões de prejuízo do exercício, revertendo lucro de R$3,9 milhões no 1T21. As despesas financeiras pressionaram os resultados, devido ao aumento dos juros.

Apesar disso, o balanço foi bem visto pelos investidores, pois as ações encerraram o pregão de sexta cotadas a R$4,28, alta de 5,28%, acima do avanço de 2,36% do Índice Small Cap. O desafio no momento é buscar capital no mercado para reforçar o caixa, mas não por emissão de debêntures, segundo o vice-presidente de Relações com Investidores, Fabio Bortolotti.

“Acho que a empresa está indo muito bem a despeito do cenário macro. Está super em linha com o que a gente tinha orçado e, quando passar essa questão de curto prazo, vamos ter que levantar algumas linhas bancárias. Isso vai dar uma despesa financeira, com essa taxa de juros um pouco acima do que a gente esperava”, destaca.

A companhia, que afirma ser o maior ecossistema digital independente para e-commerce da América Latina, registrou receita líquida de R$194,5 milhões no 1º trimestre de 2022, alta de 167% quando comparado ao 1T21, além de crescimento orgânico de 40% no período. Já o EBITDA Ajustado alcançou R$16,6 milhões, levando a marca positiva de 8,5% de margem EBITDA Ajustada, em comparação com 2,1% do exercício anterior. A Companhia reafirmou o guidance para 2022,  de receita líquida de R$950 milhões, 125% superior a 2021, sendo 40% orgânico, e EBITDA de R$ 80 - R$ 100 milhões.

Segundo o Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34), a receita veio em linha com os resultados preliminares anunciados em abril e com o consenso. O EBITDA ajustado veio um pouco acima do consenso em 60 pontos-base (bps). O Goldman possui recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$10 e upside de 147,5%.

Já o InvestingPro aponta preço-justo da ação de R$5,61, com alta potencial de 36,71%, mas os modelos apontam incerteza alta e saúde financeira com desempenho fraco, em nível 2 de 5.

Em entrevista exclusiva ao Investing.com Brasil, Bortolotti conta que a empresa não terá foco em novas aquisições neste ano, mas sim em expansão na América Latina. Hoje, as soluções estão presentes no México, Colômbia, Chile, Peru, Argentina e Uruguai, além do Brasil. No segundo semestre, iniciam-se as operações também no Equador.

“Provavelmente, a gente vá segurar um pouco para este ano, até porque comparamos o número dois e o número três no mercado. Então, basicamente, no Brasil a gente consolidou o mercado, comparando o maior player da América Latina. O que poderia ser feito seria comparar empresas pequenas de tecnologia mas, mesmo assim, é algo que estamos segurando um pouco mais nesse contexto”, detalha.

A Infracommerce já realizou seis aquisições, duas antes do IPO: Pier, em dezembro de 2020, e Brandlive em janeiro de 2021. Mais quatro foram realizadas posteriormente: Summa, em julho de 2021; Tatix, em agosto; e Synapcom em novembro do mesmo ano; além da mais recente, a Tevec, em janeiro de 2022.

Investing.com - Quais as novas soluções ou serviços que estão previstos nos próximos meses? E quais os principais objetivos da companhia para esse ano?

Bortolotti - Temos esse modelo de sites para pessoa física, o B2C, que cresce acima do mercado e vai continuar crescendo. É um setor muito forte de digitalização, mas a gente tem dois foguetes. Um deles é o B2B, que é fazer esse abastecimento de pequenos varejistas via distribuidores que são plugados nas nossas plataformas - e isso é um mercado que está dois por cento digitalizado, é maior do que o mercado de varejo. Esse, com certeza, vai ser um um carro-chefe de crescimentos não só esse ano organicamente, mas também nos próximos, com certeza. E o outro foguete é a América Latina. A gente tem sete países hoje. Nossos clientes do Brasil querem fechar todos os outros países para ter o mesmo nível de serviço que existe no Brasil. Os outros da América Latina estão atrás do Brasil na digitalização, então, em tudo que a gente aprendeu em dez anos aqui, estão para trás três ou quatro anos. A América Latina ainda está naquele movimento em que os marketplaces estão crescendo, dominando e agora os ecossistemas digitais estão emergindo, que é o que já está acontecendo no Brasil hoje.

Inv.com - Há uma previsão para início das operações de serviços B2B nos outros países na América Latina?

Bortolotti – Vamos começar neste ano já com o primeiro cliente no México. Mas depende mais dos clientes. Como o B2B é muito plataforma tecnológica, a gente abrir na Colômbia e no México. A nossa plataforma era muito focada pro Brasil. Agora, a gente vai conseguir também fazer espanhol e inglês também.

Inv.com-  Como a empresa está lidando com a mudança macro de alta dos juros e inflação no valuation da empresa? Isso afeta também a demanda da empresa e novas precificações de produtos ou serviços?

Bortolotti - A gente renegociou todos os contratos para baixo a despeito de aumento de inflação e de combustível em frete. Por exemplo, o nosso frete médio está mais baixo do que era dois anos atrás. Então, a gente está conseguindo continuar um crescimento acelerado de topline e não sofreu na margem. Como a gente cobra um percentual das vendas, não há problema de repassar preço. O nosso consumidor repassa na ponta a gente vai junto.

Não houve mudanças nos preços dos nossos serviços  porque a gente cobra percentual de vendas. Então se a Motorola, por exemplo, está repassando inflação na ponta, a gente automaticamente está crescendo também.

Já os juros impactam muito na despesa financeira, a gente teve muito efeito não recorrente, não operacional e não-caixa que são ajustes. Esses efeitos não-caixa que poluem muito o lucro líquido da companhia, mas o que também impactou foi esse juro alto nesse endividamento, pois a gente também não fez nenhum movimento de captação no último ano.

Inv.com- As ações estão bem abaixo da máxima em um ano, de R$24. O que aconteceu? Acha justo esse valor de mercado? Há possibilidade de programa de recompara de ações?

Bortolotti - Como aumento de juros deve continuar esse ano, se isso deve continuar impactando, acho que isso já meio que está no preço nessa curva do juros porque foi desproporcional. Não só a Infracommerce. Se você pegar todos os preços de inclusive no nos Estados Unidos, até o Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34) que é uma super empresa, tem uma super queda, né? A própria Locaweb (SA:LWSA3) foi muito impactada no preço. Então, a gente teve um ajuste nas mesmas proporções, mas na minha visão, totalmente injustificável  pela entrega operacional que estávamos tendo, inclusive algumas dessas outras empresas também. E a gente tem que continuar a aumentar a eficiência, a crescer. Quando o mercado melhorar e as pessoas voltarem a olhar para esse mercado, a gente quer estar ali no na no topo da lista desses investidores. Mas, agora, achar que os investidores vão inverter isso? Com esse pessimismo generalizado, acho que nenhuma dessas empresas vai conseguir fazer isso agora.

Últimos comentários

Esses IPOs são verdadeiras roubadas. "Analistas" sem noção nenhuma colocam valores nas ações iniciais, super estimados. Não sei se é de propósito ou por incompetência mesmo. Na minha opinião Isso é motivo de investigação. Tem ocorrido frequentemente.
quanto a cvm levou nessa??
Foi indicação era super enfatizada pala Empiricus, mais uma socada do FM na lomba dos assinantes
esse empiricus deveriam ser todos presos esses canalhas
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