💥 Fed dovish liga boom das mid caps! 4 ações selecionadas pela ProPicks IA subiram +23% cadaAções selecionadas por IA

Intel, pilar da história computação, pode ser vendida; entenda

Publicado 23.09.2024, 21:06
© Reuters Intel, pilar da história computação, pode ser vendida; entenda
INTC
-
QCOM
-
AAPL
-
NVDA
-
AMD
-

A Intel (NASDAQ:INTC), uma das gigantes do Vale do Silício, está com duas propostas bilionárias, uma de venda e outra de investimento. A fabricante de chips vem enfrentando dificuldades no meio do boom da inteligência artificial (IA) e as negociações surgem como uma possível saída para a marca que ajudou a construir a história da computação pessoal.

Segundo informações da Bloomberg, a Apollo Global Management ofereceu um investimento de até US$ 5 bilhões. A proposta bilionária veio após os rumores divulgados pelo The Wall Street Journal de que a Qualcomm (NASDAQ:QCOM), gigante dos chips para dispositivos móveis, estaria disposta a adquirir a Intel por outros bilhões de dólares.

Os rumores movimentaram o mercado financeiro, fazendo com que as ações da Intel fechassem esta segunda-feira, 23, em alta, com um crescimento de 3,3%. Embora o mercado tenha se empolgado, nem todo o mercado acredita na concretização do negócio. Para o site Investors, o analista Jordan Klein, disse que a possível aquisição da Intel pela Qualcomm seria um 'delírio' por conta dos obstáculos regulatórios.

Situação atual da Intel

A Intel já foi considerada uma das maiores empresas do setor da tecnologia, entretanto, atualmente não enfrenta um cenário muito positivo. Em 2024, a empresa perdeu cerca de US$ 100 bilhões em capitalização de mercado, com uma queda de 50% no valor de suas ações.

Em um passado não tão distante, a empresa já foi considerada a maior fabricante de chips do mundo. Hoje em dia, seu valor de mercado é de US$ 93 bilhões, metade da cifra da Qualcomm, empresa interessada na compra.

Apenas no segundo trimestre de 2024, as ações da Intel caíram em 27%. Nesse período, a receita da fabricante de chips foi de US$ 12,8 bilhões, ficando atrás dos números de US$ 12,9 bilhões esperados por investidores.

A decadência da gigante tem diversas razões mas, principalmente, por não ter conseguido acompanhar o boom do crescimento de IA de empresas concorrentes como a Nvidia (NASDAQ:NVDA), por exemplo. Nada do que a empresa conseguiu fabricar foi comparável às GPUs criadas pela Nvidia, que são essenciais para o treinamento de novas IAs.

A principal área da Intel sempre foi o mercado de chips tradicionais para PCs ou CPUs, mas, atualmente, esse mercado sofre com os avanços dos Advanced Micro Devices (AMD (NASDAQ:AMD)), que são mais baratos e eficientes. As derrotas acontecem após a companhia também ter perdido a corrida dos smartphones na década passada justamente para a Qualcomm. Além disso, a Apple (NASDAQ:AAPL) decidiu substituir os processadores Intel por chips próprios em seus computadores a partir de 2020.

Para lidar com as perdas financeiras, a empresa californiana anunciou, no mês passado, um plano de economia de US$ 10 bilhões para 2025. Entre os cortes de gastos estão a demissão de 15% de sua força de trabalho. Segundo o CEO, Pet Gelsinger, essas foram as mudanças mais importantes da história da Intel.

Como as empresas interessadas se beneficiam com a compra?

Apesar do cenário da empresa não ser dos mais atrativos, na semana passada, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que continua ao lado da Intel. O governo estaria disposto a conceder até US$ 3 bilhões para financiamento de Chips ACT, como parte de um negócio chamado Secure Enclave, que precisa, constantemente, de chips para fins de defesa e inteligência governamentais. Em fevereiro, a empresa já havia recebido um subsídio de US$ 8,5 bilhões para construção de fábricas.

Na semana passada, a Intel e a Amazon (NASDAQ:AMZN) Web Services anunciaram também uma colaboração multibilionária para a fabricação de chips no estado de Ohio. Essas grandes movimentações podem ser o que explica o interesse de empresas como a Apollo e a Qualcomm em direção a Intel.

A Apollo tem cerca de US$ 700 bilhões em ativos sob gestão e pode estar apostando em uma reviravolta da Intel. No início desse ano, a empresa afirmou que compraria uma participação de US$ 11 bilhões para controlar parte da nova fábrica da Intel na Irlanda.

Já a Qualcomm, empresa que fornece chips usados para gigantes como a Apple e a Samsung (KS:005930), nunca operou fábricas. Assim, o interesse pela Intel pode estar nas operações de projeção de chips e na experiência que a empresa possui com softwares. Além disso, ela pode estar mirando o mercado de PCs, território ainda pouco explorado pela companhia.

*Mariana Cury é estagiária sob supervisão de Bruno Romani

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.