Money Times - O Inter (BIDI11) pode conquistar 1 milhão de clientes a mais até o final do ano e chegar a 4 milhões, estima o BTG Pactual (SA:BPAC11) em um relatório publicado após o banco ter superado a marca de 3 milhões.
“O ritmo de captação mantém-se forte e, caso mantido, poderá chegar a 4 milhões de clientes ativos no final de 2019”, ressaltam os analistas Eduardo Rosman e Thomas Peredo.
Para o BTG Pactual, os executivos estão mais confiantes que o resultado do trabalho feito é “diferente e disruptivo”. “Definitivamente estamos mais confiantes na tese de investimento do que quando encontramos a diretoria executiva um ano atrás”, aponta o relatório.
Como decorrência, os analistas elevaram o preço-alvo para as units, de R$ 47,00 para R$ 74,00 – renovando a recomendação de compra. Caso atinja em doze meses o valor projetado, o potencial de valorização chega a 21%.
Grupo dos relevantes
Durante encontro com o CFO Alexandre Riccio e a diretora de RI Helena Caldeira, a diretoria executiva destacou que provavelmente deverão existir somente de dois a cinco bancos digitais relevantes, e o Inter quer estar neste grupo.
Para o BTG Pactual, o Inter foi capaz de capturar clientes de novos espectros. Agora, a direção já assume a ideia de gastar mais na conquista de clientes com o objetivo de atrair consumidores com maior valor de longo prazo.
Cartões e empréstimos
Em relação à divisão de cartões e as perspectivas de crescimento, os analistas destacam que a parceria estratégica com o Softbank permitirá que o Inter passe a oferecer taxas menores para construir vantagens competitivas com o canal digital.
O grupo japonês comprou uma participação de 8,1% na instituição no início de agosto, desembolsando R$ 760 milhões por 19 milhões de units ofertadas no final de julho.
“O potencial do segmento de crédito é enorme. Caso o Banco Inter (SA:BIDI4) encerre este ano com 4 milhões de clientes, seria equivalente a um market share de aproximadamente 3%, contra participação de mercado de somente 0,3% na divisão de crédito”, avaliam os analistas.
Por sua vez, o setor de empréstimos deverá ter melhor margem de atuação, pela junção de maior propensão ao risco pela diretoria na tomada de risco e pela contratação de Rogério Goulart para liderar a divisão, executivo com mais de 20 anos de experiência no setor.