Investing.com - A concessionária que administra do aeroporto de Guarulhos, a Invepar está esperando a definição do segundo turno das eleições para realizar a precificação da emissão de bônus de US$ 650 milhões. As informações são da edição desta quinta-feira da Coluna do Broad, do Estadão.
A publicação informa que foi realizado ontem a última apresentação da operação para os investidores estrangeiros, depois de seis dias de encontros com potenciais interessados. O procedimento padrão é realizar a emissão imediatamente após o roadshow.
No entanto, por ser a primeira emissão, os investidores pediram um período maior para analisar a transação. Além disso, a coluna informa que o contrato está sendo alterado para que contemple algumas das exigências dos investidores nas cláusulas que regem compromissos da companhia com os compradores dos bônus.
Outro motivo para adiar a emissão é a expectativa de reduzir o custo da operação após a votação de domingo e a vitória praticamente certa de Jair Bolsonaro (PSL). A publicação destaca que alguns investidores exigiram retorno superior a 10% para ficar com os bônus, enquanto o desejado pela Invepar seria algo ao redor de 9%.
A coluna lembra que desde o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, o principal indicador de percepção do risco brasileiro, chamado Credit Default Swap (CDS), caiu cerca de 14%.
De qualquer forma, a Invepar está pressionada para realizar logo a operação, uma vez que possui vencimento de R$ 1,2 bilhão agora em dezembro, relacionado a um empréstimo-ponte obtido do fundo Mubadala, como parte de um acordo no passado que envolveu a opção de aquisição da Invepar pelo fundo de Abu Dabi.