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IPO: A maioria das estreias na B3 desde 2017 tem performance negativa, diz Guide

Publicado 28.06.2022, 13:58
Atualizado 28.06.2022, 14:24
© Reuters

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Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - Desde 2017, a B3 (SA:B3SA3) recebeu 86 novas empresas, que abriram seu capital. Apesar do crescimento de IPOs ser interessante para o crescimento do mercado brasileiro, um levantamento feito pela Guide Investimentos mostra que apenas 20 dessas companhias apresentam um desempenho positivo, e somente 18 superam o Ibovespa.

O estudo é assinado pelos analistas Fernando Siqueira, Rodrigo Crespi e Gabriel Gracia. Os analistas explicam que em momento de bull market (mercado em alta), é normal maior interesse das empresas em realizar um IPO. Isso porque há mais investidores interessados na renda variável e a precificação dos ativos tende a ser mais valorizada. 

Porém, esse momento de euforia não justifica exageros vistos nas precificações, na visão dos analistas, ainda mais sobre companhias que nem apresentavam lucros ainda à época da oferta inicial.  

IPOs e o mercado

De acordo com o estudo da Guide, desde 2017, a relação entre o número de ofertas e o desempenho apresentado pelas companhias é inversamente proporcional. Ou seja, os anos que tiveram mais IPOs, também foram aquele em que as companhias tiveram os piores resultados.

Por exemplo, 2018 foi marcado por dificuldades do mercado, com greve dos caminhoneiros e eleições, o que resultou em uma janela curta para ofertas. Nesse ano, foram realizados 3 IPOs. De acordo com a Guide, todos eles apresentam um desempenho positivo, com uma performance anualizada de 22,5% sobre o resultado do Ibovespa.

Já quando se olha para 2020 e 2021, anos em que o mercado estava surfando nos juros baixos e no excesso de liquidez, é possível observar um cenário contrário. Em 2020, foram realizados 27 IPOs, sendo que apenas 3 possuem um desempenho positivo e a performance anualizada é de -26,3%. Algo similar acontece em 2021, quando foram feitos 42 IPOs, dos quais 8 apresentaram retornos positivos e com performance anualizada de -25,5%. 

Melhores e piores desempenhos

Sobre as empresas que apresentam os melhores desempenhos desde o IPOs, a Guide destaca que muitas pertencem a novos setores ou a parcelas pequenas da B3. É o caso da Vamos (SA:VAMO3), por exemplo, que atua na locação de veículos pesados e apresenta um retorno anualizado de 71%. 

O mesmo pode ser dito sobre a Vittia (SA:VITT3), do segmento de fertilizantes e insumos agrícolas, e a Intelbras (SA:INTB3), empresa de tecnologia que atua com itens de segurança e painéis solares, sendo que ambas acumulam ganhos anuais de 39% e 50%, respectivamente.

“Entre os motivos que justificam esse cenário, está a vantagem competitiva setorial que a empresa acaba criando quando passa a ser negociada em Bolsa, mas também há a dificuldade de comparabilidade entre seus pares de capital fechado”, explica a Guide em relatório.

Já sobre as companhias que apresentam os piores resultados, os analistas apontam que além de resultados operacionais abaixo do esperado em seu primeiro trimestre negociado em Bolsa, essas empresas também costumam ser precificadas acima do valor justo de mercado.

Um exemplo desse caso é a Espaçolaser (SA:ESPA3). No seu primeiro pregão, os papéis avançaram 17%. Mas, após quatro dias, a queda acumulada era de superior aos 50%. Atualmente, a sua desvalorização acumula 85% e seu market cap já representa um valor menor do que o montante captado na oferta.

“Além disso, promessas feitas por diretores das empresas antes da estreia, como o que será feito com o valor levantado na oferta, às vezes não se concretizam, o que pode levar a uma reação negativa exagerada para os estreantes, que se intensificam ainda mais pela menor liquidez, quando comparada a empresas incumbentes da Bolsa”, diz o estudo da Guide, que também aponta a assimetria de informações como algo que prejudica a precificação durante os IPOs.

Confira abaixo a tabela com os melhores e piores retornos anualizados desde 2017, segundo o levantamento da Guide Investimentos.

Retorno dos IPOs

Positivo

Negativo

Empresa

Retorno

Empresa

Retorno

Vamos  (SA:VAMO3)

+71%

Enjoei (SA:ENJU3)

-70%

3R Petroleum (SA:RRRP3)

+54%

Espaçolaser (SA:ESPA3)

-69%

Intelbras (SA:INTB3)

+50%

Mobly (SA:MBLY3)

-69%

Vittia  (SA:VITT3)

+39%

Brisanet (SA:BRIT3)

-69%

Notre Dame Intermédica

+38%

Clear Sale (SA:CLSA3)

-67%

CBA (SA:CBAV3)

+37%

Getninjas (SA:NINJ3)

-66%

Orizon (SA:ORVR3)

+35%

Oncoclínicas (SA:ONCO3)

-63%

Banco Inter (SA:INBR31)

+29%

Westwing (SA:WEST3)

-62%

Locaweb (SA:LWSA3)

+17%

Oceanpact (SA:OPCT3)

-61%

Grupo SBF (SA:SBFG3)

+15%

Infracommerce (SA:IFCM3)

-60%

 

Últimos comentários

Vamos aguardar a chegada do PT, para vermos tudo desabar de vez e o país ruir. Com o PT teremos a volta dos esquemas de corrupção disseminada e os favorecimentos a mídia de massa para fazer a cabeça do gado.
kkkkk....vc falando de gado me faz lembrar a atual administração.....vc seria um???.....as portas do país estão abertas, se é por falta de tchau......ADEUS!!!!!
pelo mesmos não vai ter ricos e pobres, vai ser políticos e miseráveis, igual na Venezuela
logico ipo so pra gerar grana pros socios quem compra que se lasque. brasil só operam vendidos
esse PT. povo burro merece. arminhas?
Estariam as empresas no momento do IPO sendo super estimadas quanto ao seu valor verdadeiro ?
TRUMP DETONOU O FED E O DOLAR...VIRARAM INUTEIS...
Resumindo entram no IPO para captalizar e não entregam o prometido, deveriam ser mais cautelosos!!
Que pena, a manipulação está acabando com a bolsa brasileira....Não adianta ser boa empresa aqui...
Resumindo, fique longe da B3.
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