Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordinários
Descubra ações agora mesmo

Irmãos Batista querem enterrar acordo e reduzir multa de R$ 10,3 bi para R$ 24 mi

Publicado 20.12.2023, 15:49
© Reuters.  Irmãos Batista querem enterrar acordo e reduzir multa de R$ 10,3 bi para R$ 24 mi

Seis anos depois de fechar o mais vultuoso acordo de leniência já negociado com o Ministério Público Federal (MPF), o grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, agora tenta enterrar o compromisso e reaver o dinheiro que já foi pago.

Em 2017, o grupo se comprometeu a pagar R$ 10,3 bilhões ao longo de 25 anos para encerrar investigações das operações Greenfield, Sepsis, Cui Bono, Bullish e Carne Fraca - missões executadas pela Polícia Federal para desmantelar esquemas de corrupção, fraudes, lavagem de dinheiro e evasão.

A empresa agora alega que foi coagida a assinar o acordo para "assegurar sua sobrevivência financeira e institucional".

O grupo J&F depositou, até aqui, R$ 2,9 bilhões em favor da União e já se planeja para o embate judicial em busca do ressarcimento. O acordo vem sendo questionado em diferentes frentes pela empresa, que contesta desde a atuação dos procuradores até as regras de cálculo e o próprio teor dos anexos.

Nesta quarta, 20, a J&F conseguiu uma vitória importante no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Dias Toffoli suspendeu os pagamentos da multa e autorizou o grupo a negociar uma revisão do acordo junto à Controladoria-Geral da União (CGU).

Toffoli também permitiu o compartilhamento de documentos da Operação Spoofing, que prendeu os hackers da Lava Jato. A empresa afirma que as mensagens hackeadas comprovam que os procuradores teriam agido à margem da lei para enquadrar a empresa.

Também partiu de Toffoli a decisão que anulou provas do acordo de Odebrecht. Ao recorrer ao ministro, a J&F afirmou que as duas empresas foram "reféns dos mesmos abusos, praticados pelos mesmos agentes, no mesmíssimo contexto" - Operação Lava Jato.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Esse não é o primeiro golpe no acordo. O negócio já havia sido desidratado por uma decisão da 5.ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, órgão responsável por homologar os acordos de leniência, que em agosto passado anulou cláusulas do pacto, o que levou à uma redução da multa de R$ 10,3 bilhões para R$ 3,5 bilhões.

Na ocasião, o Ministério Público Federal divulgou uma nota alegando que a administração pública tem a obrigação de "anular atos que apresentem vícios e ilegalidade". Segundo o órgão, houve "falhas e excessos verificados e documentados ao longo da marcha procedimental".

A ofensiva da J&F é ainda mais ambiciosa. O grupo contesta, por exemplo, a base de cálculo do acordo. A multa foi fixada tomando como base o faturamento global das empresas que compõem o conglomerado, mas os advogados alegam que o pacto foi fechado no Brasil e, por isso, deveria considerar apenas o faturamento nacional do grupo, não incluindo na conta valores relativos a negócios fora do País.

Outro ponto contestado são as condições atenuantes previstas na legislação para reduzir o valor da multa no caso de leniência. O percentual oferecido à J&F foi o mínimo. A empresa alega agora que abasteceu o MPF com informações inéditas e que, por isso, deveria ter recebido uma redução maior.

Os questionamentos não são dirigidos apenas às cláusulas do acordo. A J&F também busca fulminar a própria validade do negócio. Um dos maiores trunfos que o jurídico do grupo julga ter na manga são as absolvições de autoridades citadas nos anexos.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

O primeiro e mais longo anexo do acordo implicou o ex-ministro Guido Mantega, que foi absolvido na esteira da Operação Bullish. Ele havia sido acusado de favorecer, em troca de propinas, o grupo J&F em financiamentos junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES).

Outros implicados na leniência, posteriormente absolvidos pela Justiça, foram o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI). O tucano foi inocentado em uma ação que o acusava de receber R$ 2 milhões em propinas da J&F e a investigação contra Ciro Nogueira, também por suspeita de propinas, foi arquivada pelo STF.

"A empresa não pode pagar uma multa sobre aquilo que não é ilícito", afirma ao Estadão o advogado Francisco de Assis Pereira, que representa a J&F.

O objetivo da empresa, se não conseguir anular na íntegra o acordo, a partir das provas da Operação Spooing, é excluir os anexos que não converteram condenações judiciais e, com isso, reduzir o valor da multa para R$ 24 milhões. Para o advogado da empresa, "é uma questão de matemática".

Relembre outros políticos citados no acordo de leniência da J&F

Uma das revelações mais emblemáticas na esteira do acordo foi a gravação que Joesley Batista fez do ex-presidente Michel Temer (MDB) e entregou ao MPF. O empresário disse ao então presidente que estava pagando mesada ao deputado cassado Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro, apontado como operador do ex-presidente da Câmara, para que ambos ficassem em silêncio sobre irregularidades. "Tem que manter isso, viu?", afirmou Temer ao empresário na gravação. O ex-presidente foi absolvido.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

O acordo atingiu políticos de diferentes partidos e espectros ideológicos. Um dos executivos entregou aos procuradores uma lista com 1.829 nomes de 28 partidos que teriam recebido R$ 388 milhões de propinas na forma de doações oficiais de campanha.

Um dos citados é o ex-governador de São Paulo e ex-ministro José Serra (PSDB). Segundo Joesley Batista, a JBS (BVMF:JBSS3) pagou R$ 7 milhões, via caixa dois, para a campanha do tucano a presidente em 2010. O processo foi arquivado em 2018 pelo STF por prescrição.

Últimos comentários

É bem possivel, que no final de tudo, a União terá que ressarcir essa empresa corrupta por danos morais. E claro, sua advogada receberá uma excelente compensação por seus serviços prestados. A única questão é que o marido dessa advogada é quem define quem deve para quem, mas tudo isso é só uma grande coincidência.
alguém recebeu alguma caixinha de 1 bilhão.
Foram delatados 1829 políticos e não só com depoimentos, havia fartura de documentos fornecidos à Procuradoria-Geral da República. Houve a confissão de 240 condutas criminosas de 8 tipos diferentes. Entre elas, 124 casos de corrupção e 96 de lavagem de dinheiro. E o STF (órgão político) simplesmente jogou tudo fora como se nada tivesse acontecido.
bandidos comprando bandidos, enquanto isso o povão brigando entre si
no Brasil o certo é errado e o errado é certo todos uma corja de políticos sem vergonha
Como diz o ditado: ladrão que protege ladrão, tem na conta 1 bilhão.
Brasil = Mar de Corrupção
O crime compensa! O Nine se livrou da prisão e o corruptos das multas
Ninguém esqueceu dos crimes dos irmãos batistas!!
Segue o fluxo
Segue o fluxo o caramba! Seu puxa saco de bandidos!!
Normal
Como diria Temer, tem que ver isso aí viu.
PilantrORO & CretiNOL foram muito bem pagos para lascar as grandes empresas sem se importar com os danos no tocante aos empregos/funcionários.
e irão conseguir....a diferença servirá pra impulsionar o sistema a continuar com o país do Gérson.
Faz o L
A mulher do Tofolli advoga para a jbs. Ha muito conflito de interesse ai. Inaceitavel! Que vergonha! Estao desmoralizando o judiciario. Voltaram os ladroes amigos do companheiro e compraram todo mundo.
A minha pouca esperança no futuro de nosso país em termos de integridade moral, já foi pro esgoto.
Com um Ex PRESIDIÁRIO na presidência ..agora o poste mija no cachorro.
E os impostos aumentando. Quem vai ficar com a conta vai ser mais uma vez a classe média.
olha o golpe aí
A bandidagem debocha dos Brasileiros honestos.
Se comprometeu a pagar por que???? Talvez quisessem ajudar o país pois são extremamente honestos. E nós teremos que ajudar a pagá-los. O Brasil voltou!
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.