A Itaúsa (ITSA4) reportou lucro líquido de R$ 3,4 bilhões no quarto trimestre de 2019, alta de 37,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o balanço operacional divulgado pela companhia ontem (17). No ano, o avanço foi de 9,2%, tendo o valor passado de R$ 9,4 bilhões em 2018 para R$ 10,3 bilhões.
O lucro líquido recorrente, por sua vez, caiu de R$ 2,7 bilhões para R$ 2,5 bilhões no trimestre, mas subiu de R$ 9,4 bilhões para R$ 9,7 bilhões.
O resultado financeiro cresceu 8,3% de outubro a dezembro, tendo o valor da despesa crescido para R$ 13 milhões. Na análise do acumulado, o montante foi de R$ 49 milhões, redução de 26,9% ante 2018. Segundo a instituição, isso se deve principalmente ao efeito da menor taxa de juros sobre a dívida.
As despesas administrativas subiram 34,8% e 37,4%, respectivamente, na comparação trimestral e anualizada, encerrando os intervalos em R$ 31 milhões e R$ 125 milhões.
O patrimônio líquido da companhia variou 0,2% de 2018 para 2019, fechando em R$ 55,2 bilhões no ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) foi de 19,4%, aumento de 1,2 ponto percentual. A capitalização de mercado cresceu 16,6% no ano, de R$ 101,6 bilhões para R$ 118 bilhões.
Companhias investidas pela Itaúsa (SA:ITSA4)
O resultado recorrente adquirido por meio das companhias investidas pela Itaúsa em 2019 foi de R$ 10,2 bilhões, 4,5% mais do que o valor registrado no ano anterior. Tal crescimento pode ser associado à melhora nos resultados do Itaú Unibanco (ITUB4), que viu sua receita de juros influenciada pelo avanço da carteira de crédito.
A Itaúsa ressalta que o Resultado de equivalência patrimonial no quarto trimestre foi afetado por eventos não recorrentes relevantes, resultando em um saldo positivo de R$ 845 milhões entre outubro e dezembro e de R$ 521 milhões no acumulado do ano.
“Merecem destaque os ganhos auferidos pelo Itaú Unibanco decorrentes da abertura de capital da XP Investimentos e da reavaliação de crédito tributário com a majoração da alíquota da CSLL”, comenta.
Sob nova liderança, a Alpargatas (ALPA4) também registrou bom desempenho, resultado do reposicionamento de seu portfólio e da rentabilidade crescente.
A Duratex (DTEX3) foi beneficiada pela melhora no cenário econômico brasileiro. Pôde acompanhar a melhora de seus indicadores de retornos, favorecidos pelo incremento de 1,3% na receita líquida, otimização da sua base de ativos e maior eficiência operacional.