Investing.com – O mercado reagiu de forma positiva à divulgação de resultados da JBS (BVMF:JBSS3), com as ações da multinacional de alimentos entre as maiores altas do Ibovespa nesta sexta-feira, 11. Às 13h11, os papéis subiam 8,41%, cotados a R$26,91.
A JBS reportou lucro líquido de R$4 bilhões de reais no terceiro trimestre, uma diminuição de 47% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a companhia, o resultado foi afetado pelas operações de carne bovina na América do Norte. A receita líquida, por sua vez, chegou a R$98,9 bilhões, uma alta de 6,8% na mesma comparação. O EBITDA ajustado de R$9,5 bilhões representa uma queda anual de 31,5%. A JBS anunciou também que deve pagar dividendos intercalares no valor de R$2,2 bilhões, o que representa R$1 por ação, ainda em novembro de 2022.
Em release com detalhes do balanço, a companhia afirmou que o terceiro trimestre de 2022 marcou um período de resultados sólidos e de evolução sustentável. “Em um cenário de maiores custos operacionais e um ambiente econômico desafiador, superamos as nossas vendas no período e registramos a maior receita líquida de nossa história para um trimestre, enquanto continuamos a investir para ampliar as nossas operações. Investimos R$ 2,97 bilhões, alta de 14,9% na comparação anual”, reforçou o documento.
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Goldman Sachs (NYSE:GS) afirmou que a JBS reportou resultados mistos. De acordo com Thiago Bortoluci, analista do Goldman Sachs, o EBITDA consolidado foi bom e ficou 3% acima do consenso, assim como 8% maior do que a expectativa do Goldman Sachs.
Segundo o Goldman, os resultados da JBS podem continuar sob pressão estrutural pelo menos até metade do ano que vem 2023, com retração da demanda nos EUA e no Brasil. Além disso, a menor disponibilidade de gado nos EUA, e potencialmente menores exportações de carne bovina para a China podem impactar mais os resultados.
O Goldman Sachs possui recomendação de compra para os papéis da JBS, com preço-alvo de 12 meses de R$44 para as ações locais. Para o Goldman, os principais riscos negativos estão relacionados a passivos potenciais, litígios judiciais, decisões antitruste ou outras arbitragens. Além disso, entre outros pontos de cautela estão a desaceleração cíclica no ciclo do gado dos Estados Unidos, deterioração de fatores macroeconômicos, volatilidade no câmbio e possíveis embargos que reduzam as exportações.