Investing.com - Passados dois anos e meio do episódio da gravação que Joesley Batista fez do então presidente Michel Temer, a JBS (SA:JBSS3) conseguiu quitar todas as suas dívidas com os bancos públicos, que totalizavam cerca de R$ 5 bilhões. As informações foram divulgadas na edição de domingo, da Coluna do Broadcast, do Estadão.
A publicação informa que o grupo frigorífico antecipou o pagamento de R$ 1,5 bilhão com o Banco do Brasil (SA:BBAS3), e também com outras instituições privadas, que tinham como data de vencimento em julho de 2021. No mês passado, a companhia já havia quitado R$ 1,82 bilhão em dívidas com a Caixa Econômica Federal.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não é mais credor da empresa da família Batista, seguindo como um dos principais acionistas, com 21,3% das ações. Considerando o valor de fechamento da sessão de sexta-feira, o montante representa R$ 18,3 bilhões.
Em junho, a JBS (SA:JBSS3) informou que em dois anos (desde o Joesley Day) já havia quitado um total de R$ 13 bilhões em dívidas bancárias no Brasil, reduzindo para um total, na época, de R$ 8,7 bilhões.
Esses pagamentos, que foram intensos no primeiro semestre, devem contribuir para a liberação das garantias de crédito (estoques, ativos biológicos e recebíveis) dadas pela JBS (SA:JBSS3) e a extinção do acordo com as instituições financeiras.
Mais do que nunca, o relacionamento da companhia com os bancos volta à normalidade, uma evolução significativa na comparação com o quadro delicado logo após a delação.
Em julho de 2017, quando firmou o primeiro acordo, a companhia evitou uma crise de liquidez que poderia inviabilizar suas operações. À época, 30% do endividamento total de R$ 61,6 bilhões vencia no curto prazo (em até 12 meses). A maior parte dos débitos se referia a linhas de crédito de financiamento às exportações.