Investing.com - Durante a teleconferência de resultados da Microsoft (NASDAQ:MSFT) realizada ontem à noite, o termo "IA" foi mencionado 80 vezes, enquanto na teleconferência do Google (NASDAQ:GOOGL), a expressão foi utilizada 89 vezes, de acordo com analistas do Jefferies. Trata-se de um aumento significativo em relação às 39 vezes e 45 vezes, respectivamente, em que o termo foi citado nas teleconferências dessas empresas do quarto trimestre. Com base nisso, os estrategistas do banco acreditam que suas estimativas acima do consenso para a Nvidia (NASDAQ:NVDA) podem ser consideradas "conservadoras".
A Microsoft espera aumentos sequenciais em despesas de capital (CapEx) nos próximos 12 meses para apoiar o crescimento na nuvem e a demanda por sua plataforma de IA. No trimestre encerrado em junho de 2023, as despesas de capital foram de US$ 8,9 bilhões, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, superando as expectativas do mercado de US$ 8,3 bilhões. A Microsoft prevê uma aceleração ainda maior no trimestre de setembro deste ano, com base em investimentos em capacidade de data center e hardware, como CPUs, GPUs e equipamentos de rede. Essa aceleração, combinada com o crescimento contínuo das despesas de capital ao longo do ano, pode resultar em um gasto total de aproximadamente US$ 40 bilhões em seu ano fiscal de junho de 2024, representando um crescimento de cerca de 25%.
Já o Google pretende investir pesado em infraestrutura técnica durante o segundo semestre de 2023 e espera continuar crescendo em 2024, principalmente com oportunidades de IA. No trimestre de junho de 2023, as despesas de capital da companhia foram de US$ 6,8 bilhões, abaixo das expectativas do mercado de US$ 7,9 bilhões, principalmente devido à redução de gastos em instalações de escritórios e projetos de construção de data centers que foram adiados. No entanto, o Google destacou investimentos significativos em servidores para computação em IA e prevê maiores gastos no segundo semestre de 2023, após um início mais lento.
Os analistas do Jefferies reiteraram sua recomendação de compra, com preço-alvo de US$ 500, nas ações da Nvidia.