Investing.com – Perspectiva favorável para a América Latina. O banco JP Morgan segue otimista que a região deve crescer em um ritmo robusto neste ano, de acordo com relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta semana.
A projeção do banco é de que o Produto Interno Bruto (PIB) da região apresente uma expansão de 2,1% ao ano em 2024, semelhante com a do ano passado, desconsiderando a Argentina, que passa por uma crise econômica. Incluindo os hermanos, a projeção é de crescimento de 1,7%.
A estimativa é de que o PIB da Argentina recue 3,4% neste ano. Enquanto isso, a economia chilena deve apresentar expansão de 2,6%, a colombiana de 2%, o PIB do Equador de 0,6%, o do México de 1,3%, o do Peru de 3%, o do Uruguai de 2,7%, a economia da Costa Rica de 4,5% e a da República Dominicana de 6%.
Expansão no Brasil é considerada ‘surpreendente’
O dado oficial do PIB brasileiro do segundo trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 3 de setembro – e o banco demonstra otimismo para a leitura, mesmo com as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul.
A perspectiva do banco é de que a economia brasileira suba 2,9% em 2024 e 1,9% em 2025. “O crescimento do Brasil é particularmente surpreendente, uma vez que esta economia poderá crescer perto de 3% pelo segundo ano consecutivo, uma taxa média de crescimento que supera os outros países da região em 2023 e 2024, se estivermos corretos”, destacam os economistas Cassiana Fernandez, Gabriel Lozano, Diego Pereira, Lucila Barbeito, Vinicius Moreira, Steven Palacio, Mirella Mirandola Sampaio e Katherine Marney.
Após expansão no primeiro trimestre, o banco espera que a economia brasileira tenha bons resultados novamente, o que considera “impressionante” diante dos impactos no RS em maio, sendo o estado responsável por cerca de 8% do PIB do país.
“Acreditamos que esta força se estenderá até o terceiro trimestre, mas prevemos alguma desaceleração daqui para frente, pela primeira vez em muito tempo, com tanto as políticas monetárias como as fiscais sendo restritivas ao crescimento”, ponderam os economistas.