Investing.com – O JPMorgan Chase (BVMF:JPMC34) (NYSE:JPM) apresentou uma receita líquida de juros (NII, na sigla em inglês) superior às expectativas no terceiro trimestre, elevando suas ações no pré-mercado dos EUA nesta sexta-feira.
O maior banco dos EUA em ativos registrou uma receita líquida de juros gerida de US$ 23,53 bilhões no período, superando as estimativas de consenso da Bloomberg, que apontavam para US$ 22,8 bilhões. O NII mede a diferença entre o que o banco paga por depósitos e o que recebe de empréstimos.
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O lucro líquido aumentou para US$ 12,9 bilhões, superando as projeções, com base em receitas mais altas e maior controle de custos, embora o número tenha caído 2% em relação ao ano anterior.
Para o próximo trimestre, o JPMorgan espera uma leve queda no NII, para US$ 22,9 bilhões, levando o total anual para cerca de US$ 92,5 bilhões. No exercício fiscal de 2023, o NII foi de US$ 89,7 bilhões.
Essa perspectiva surge em um momento em que o Federal Reserve pode iniciar um ciclo de flexibilização monetária, encerrando um período de taxas de juros elevadas que beneficiaram os grandes bancos nos últimos anos.
Em setembro, o presidente do JPMorgan, Daniel Pinto, afirmou em uma conferência do setor que as projeções de consenso dos analistas, que preveem uma queda de US$ 1,5 bilhão no NII, para US$ 90 bilhões em 2025, não eram "muito razoáveis", citando expectativas de que o Fed reduza as taxas de juros "em 250 pontos-base". Pinto mencionou que acreditava que o número seria "menor", mas não forneceu uma cifra exata.
O JPMorgan também já havia alertado anteriormente que poderia estar "superando" nos lucros de seus empréstimos.
O banco destinou US$ 3,1 bilhões em provisões para possíveis perdas com empréstimos, mais que o dobro do valor reservado no mesmo trimestre do ano anterior.
O CEO, Jamie Dimon, destacou em comunicado que, embora a inflação esteja "desacelerando" e a economia dos EUA continue "resiliente", o banco mantém cautela diante de uma série de desafios, como "grandes déficits fiscais, necessidades de infraestrutura, reestruturação do comércio e remilitarização global".
"Embora esperemos pelo melhor, esses eventos e a incerteza predominante demonstram por que devemos estar preparados para qualquer cenário", afirmou Dimon.