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Juros: Curva ganha inclinação com IPCA abaixo da mediana e risco fiscal

Publicado 09.02.2021, 15:42
Atualizado 09.02.2021, 19:10
© Reuters.  Juros: Curva ganha inclinação com IPCA abaixo da mediana e risco fiscal

Os juros futuros encerraram o dia em alta nos vencimentos de médio e longo prazos e estáveis na ponta curta. As intervenções do Banco Central (BC) no mercado de câmbio suavizaram a pressão à tarde, mas ainda assim a curva continuou ganhando inclinação, a exemplo do que já tinha sido visto ontem. O movimento foi atribuído a dois fatores: IPCA de janeiro abaixo da mediana das estimativas e risco da volta do auxilio emergencial sem contrapartida de financiamento, dado o empenho do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MDB-MG), em resgatar o pagamento do benefício o mais rapidamente possível.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou em 3,405% (regular) e 3,400% (estendida), de 3,417% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 4,951% para 4,985% (regular) e 4,995% (estendida). O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,46% (regular) e 6,48% (estendida), de 6,385%, e a taxa do DI para janeiro de 2027 fechou a 7,11% (regular) e 7,12% (estendida), de 7,034%.

Se o IPCA de janeiro (0,25%), abaixo da mediana das estimativas, de 0,30%, e perto do piso (0,24%), enfraqueceu as apostas de alta da Selic em março, de outro prejudicou o real, com consequente efeito negativo sobre as taxas. Nesse contexto, os leilões do BC à tarde retiraram pressão da moeda e da curva, mas numa ação vista como paliativa, uma vez que os riscos estão totalmente ligados à conjuntura. O BC vendeu US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial em duas operações.

A declaração de Pacheco de que pode não ser possível esperar a entrada em vigor das Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial para aprovar o auxilio já ontem trazia desconforto, que foi ampliado hoje. Conforme o Broadcast Político apurou, há pressão do Congresso para que a nova rodada do benefício seja aberta fora do teto de gastos e sem o corte de outras despesas. Aumentar o endividamento da União ou até criar um imposto temporário para bancar o benefício entrou no radar dos parlamentares. Pacheco tomou a frente da articulação diretamente com o presidente Jair Bolsonaro.

O trader de renda fixa da Sicredi Asset Danilo Alencar lembra que até as eleições para Câmara e Senado, Executivo e Legislativo pareciam estar afinados quanto à importância da responsabilidade fiscal, mas agora ambos alteraram o discurso e vão na contramão do que defende a equipe econômica. "Bolsonaro mudou de postura de uma hora para outra e vemos Pacheco antagonizando com Guedes", disse. E, na sua opinião, a provável aprovação pela Câmara do projeto de autonomia do BC não deve trazer grande alívio. "Já está precificada", resumiu.

Em evento virtual promovido pelo Observatory Group pela manhã, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu que não há nenhum espaço para novas medidas sem que haja contrapartida fiscais. "É preciso tomar ações para que a dívida não continue crescendo. A reação dos mercados nos mostra que a fragilidade fiscal pesa mais do que os eventuais benefícios de se colocar mais dinheiro na economia. Pode acabar tendo o efeito contrário, de contração", afirmou.

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