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Juros: IPCA sustenta baixa nos curtos, mas longos zeram queda e ficam estáveis

Publicado 11.08.2023, 15:07
Atualizado 11.08.2023, 18:10
Juros: IPCA sustenta baixa nos curtos, mas longos zeram queda e ficam estáveis
PETR4
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Os juros futuros fecharam a sexta-feira, 11, em leve baixa até os vencimentos intermediários, enquanto os longos mostravam estabilidade. Pela manhã, o alívio nos prêmios de risco era mais contundente, mas à tarde o ambiente internacional de maior cautela reduziu o ritmo das taxas. A ponta curta até o miolo ainda preservava na segunda etapa o sinal de queda, pela leitura positiva dos preços de abertura do IPCA de julho. Mas os longos sentiram em alguma medida o peso da escalada dos Treasuries, ainda assim considerados bem comportados. No balanço da semana, a curva ganhou inclinação, com as taxas curtas e intermediárias computando baixa e as longas, estabilidade.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 encerrou em 12,440%, de 12,432% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 projetava 10,34%, de 10,38% ontem no ajuste. A do DI para janeiro de 2027 passou de 10,01% para 9,99%. O DI para janeiro de 2029 tinha taxa de 10,52%, de 10,53% ontem no ajuste.

Na semana da ata do Copom e do IPCA de julho, a curva acumulou queda de até 15 pontos nos vencimentos de curto e médio prazos em relação aos níveis da sexta-feira passada, enquanto as taxas longas ficaram no mesmo nível. O desenho da curva reflete basicamente o aumento das apostas na aceleração do ritmo de cortes da Selic, ainda que tanto a ata quanto as manifestações de membros do Banco Central nesta semana tenham indicado ser "pouco provável" a mudança na dose de 0,50 ponto porcentual.

Na precificação da curva, a probabilidade de queda de 0,75 ponto para a Selic para o Copom de setembro, que girava em torno de 30% na segunda-feira, fechou a semana em 40%, enquanto a de corte de 0,50 caiu de cerca de 70% para 60%. Para o fim do ano, os DIs indicam Selic pouco abaixo de 11,50% e no fim de 2024, entre 8,75% e 9%.

O mercado relevou o fato de que o IPCA de julho, de 0,12%, ficou no teto das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, ante queda de 0,08% em junho, e focou as atenções nos preços de abertura, que agradaram, principalmente a desaceleração de preços de serviços e serviços subjacentes aos quais o Banco Central vêm dando muita ênfase. Além disso, os núcleos arrefeceram e o índice de difusão caiu de 49% para 46%.

"Há uma inequívoca melhora nas leituras recentes do IPCA no tocante às métricas de serviços e núcleos, o que possivelmente aumentará as apostas para corte de 0,75 pp na próxima reunião do Copom, apesar de considerarmos que o número de hoje ainda é consistente com um corte de 0,50 pp", avalia Alexandre Maluf, economista da XP (BVMF:XPBR31).

À tarde, as taxas ficaram mais acomodadas, tanto pelo exterior mais negativo - a taxa das T-Notes de dez anos tocou 4,17% - quanto pelo aumento da percepção de que um reajuste de preços pela Petrobras (BVMF:PETR4) é questão de tempo, dada a defasagem ante as corações internacionais.

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