Investing.com - A Kepler (SA:KEPL3) Weber, a exemplo da Forjas Taurus (SA:FJTA3), é mais uma companhia que apresentou importante valorização com a ascensão e vitória de Jair Bolsonaro na disputa pela presidência da República. No entanto, os ganhos foram mais modestos e, por outro lado, não enfrentaram movimento de vendas com a vitória do capitão reformado do exército.
Desde o episódio do atentado contra Bolsonaro, no dia 6 de setembro em Juiz de Fora (MG), os papéis tiveram ganhos de 68,66%, sendo que desde o final do segundo turno, a valorização acumula 36,04%. Apesar disso, no ano, a queda é de mais de 21%. Na sessão de hoje, as ações caem 0,13% a R$ 15,38.
A companhia, que atua no setor de agronegócios, na etapa pós-colheita da cadeia produtiva de grãos, tem 17,5% de suas ações de propriedade do Banco do Brasil (SA:BBAS3), ficando, ao lado da Previ, na posição de maior investidor individual.
Com a confirmação da eleição de Bolsonaro, Paulo Guedes, futuro ministro da Economia no novo governo, deixou bem claro a intenção de diminuir e vender a participação de empresas estatais em companhias privadas, como é o caso do Banco do Brasil na Kepler Weber.
No ano passado, a Kepler Weber anunciou a rescisão de contrato referente à possível aquisição pelo grupo norte-americano de equipamentos agrícolas AGCO de ações da empresa detidas pelo fundo de pensão Previ e pelo BB-BI.
Em fato relevante, a fabricante brasileira de silos disse que foi notificada na véspera de que as condições precedentes previstas no acordo não foram cumpridas no prazo e que a AGCO "não tem mais a intenção de lançar uma oferta pública para adquirir até totalidade das ações de emissão" da Kepler Weber.
Em fevereiro de 2017, a AGCO assinou contrato para compra de cerca de 35 por cento da Kepler Weber, sendo 17,45 por cento do BB-BI e 17,48 por cento do Previ, ao preço de 22 reais por ação, em uma transação que avaliava a empresa brasileira em cerca de 579 milhões de reais.
Com Reuters.