SÃO PAULO (Reuters) - A produtora de papel para embalagens e celulose Klabin (SA:KLBN11) deve concluir em meados do ano estudos que vão basear seu próximo ciclo de investimentos para crescimento orgânico, afirmaram executivos da companhia nesta sexta-feira.
"Temos grandes oportunidades de crescimento orgânico ainda...Esse estudo vamos levar para conversar com nosso controlador para decidirmos o próximo ciclo", disse Francisco César Razzolini, diretor de planejamento da Klabin durante teleconferência com analistas.
Segundo os executivos da companhia, a Klabin trabalha atualmente na estrutura de capital para a próxima fase de investimentos, e a avaliação atual é que instrumentos do mercado de capitais estão se mostrando mais favoráveis no momento que créditos do BNDES.
"O BNDES sempre foi grande parcerio da Klabin, mas no momento outras alternativas de mercado têm se mostrado bastante atrativas. No passado fizemos isso com CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e emissão de bonds, a tendência é isso se repetir", afirmou um dos executivos da companhia durante a teleconferência.
Os executivos afirmaram ainda que o contrato de fornecimento de celulose para a rival Fibria (SA:FIBR3), que se encerra em 2022, "até o momento teve sucesso e tem tudo para continuar assim. Mas sempre estamos atentos aos melhores retornos". Na quarta-feira, o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, afirmou que o contrato segue sendo importante para a companhia.
Os controladores da Fibria aceitaram em março a companhia combinar seus negócios com a Suzano (SA:SUZB3), uma operação que criará a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, se for aprovada por autoridades de defesa da concorrência.
Sobre o mercado brasileiro, a Klabin está "moderadamente otimista" e com "bastante otimismo sobre os preços de mercado internacionais", afirmaram executivos da empresa, que elevou preços de papel no Brasil no primeiro trimestre.
(Por Alberto Alerigi Jr.)