Por Carolina Mandl
SÃO PAULO (Reuters) - O laboratório farmacêutico Teuto está se preparando para fazer uma oferta pública inicial de ações até meados do ano que pode movimentar mais de 1 bilhão de reais, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto.
O Teuto, que pode se tornar a segunda farmacêutica listada na B3 (SA:B3SA3), contratou unidades de banco de investimento do JPMorgan Chase, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil para coordenar a oferta, acrescentaram as fontes.
A farmacêutica disse em comunicado que não comenta especulações de mercado.
O Teuto, no qual a Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) já teve uma fatia de 40%, pretende usar os recursos arrecadados para novos investimentos e redução da dívida, acrescentou uma fonte.
Os acionistas controladores da empresa procuraram anteriormente um investidor para comprar uma participação minoritária depois que a Pfizer saiu de seu então altamente endividado empreendimento brasileiro por um pagamento simbólico de 0,30 dólar em 2017.
Em 2019, o Teuto, especializado em medicamentos genéricos e livres de indicação médica, faturou cerca de 1 bilhão de reais e teve lucro líquido de 107 milhões de reais em 2019.
A ação do Teuto ocorre em meio a uma explosão de negócios no fragmentado setor de saúde do Brasil. Em dezembro, a operadora de hospitais Rede D'Or (SA:RDOR3) apoiada pelo Carlyle e seus acionistas captaram 11,4 bilhões de reais.
A Hypera (SA:HYPE3), empresa de maior porte do setor farmacêutico nacional, tem uma capitalização de mercado de aproximadamente 20 bilhões de reais.
A Blau Farmacêutica, outra companhia brasileira no setor, também entrou com um pedido de IPO, com o objetivo de levantar dinheiro para expandir suas operações na América Latina.