(Reuters) - A economia dos Estados Unidos está a caminho de emitir entre 35% e 43% menos dióxido de carbono até 2030 em relação aos níveis de 2005, como consequência da Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), mostrou um relatório do governo dos EUA divulgado na terça-feira.
A IRA do presidente norte-americano, Joe Biden,, que entrou em vigor em agosto de 2022, fornece bilhões de dólares em créditos fiscais para ajudar os consumidores a comprar veículos elétricos e as empresas a produzir energia renovável.
O relatório da Agência de Proteção Ambiental (EPA) analisou os impactos de um apoio estimado em 391 bilhões de dólares sob a IRA para programas e incentivos climáticos e de energia limpa até 2031.
As emissões anuais de dióxido de carbono dos EUA devem cair para uma média de 3.300 toneladas em 2035, abaixo das 4.100 toneladas projetadas sem a IRA - equivalente ao fechamento de 214 usinas elétricas movidas a carvão - e abaixo das 6.130 toneladas em 2005, segundo o relatório.
O relatório mostrou que a EPA "impulsionou a ação climática nos Estados Unidos", disse John Podesta, consultor sênior da Casa Branca para energia limpa.
O documento projetou que as emissões de CO2 da produção de eletricidade em 2030 diminuiriam de 49% a 83% em relação aos níveis de 2005, em grande parte devido ao maior uso de energia solar e eólica.
Até 2035, as emissões de CO2 da eletricidade serão, em média, a metade do que seriam no cenário "sem IRA", mostraram os modelos.
A modelagem não inclui o impacto de um plano contestado anunciado pela EPA em julho para reduzir as emissões das usinas elétricas dos EUA por meio do uso em larga escala da captura de carbono e hidrogênio verde.
(Reportagem de Deep Vakil em Bengaluru)