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Light pede aumento de tarifa por calotes no RJ e crescimento de furtos de energia

Publicado 18.07.2016, 12:49
© Reuters.  Light pede aumento de tarifa por calotes no RJ e crescimento de furtos de energia
ENEI
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LIGT3
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Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A distribuidora Light (SA:LIGT3), que atende parte do Rio de Janeiro, pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) uma revisão extraordinária de tarifas após sofrer elevadas perdas financeiras por atrasos em pagamentos pelo governo fluminense e em meio a um forte aumento em furtos de energia e inadimplência dos clientes.

A empresa alegou que a tarifa pleiteada significaria alta de cerca de 1 por cento para os consumidores, mas ajudaria a melhorar sua atual situação de "profundo desequilíbrio econômico-financeiro", segundo documento ao qual a Reuters teve acesso.

O endividamento da Light fechou março perto dos limites acertados junto aos credores, mesmo após uma renegociação do limite para a alavancagem em novembro do ano passado.

Atualmente a dívida líquida da Light, controlada pelo grupo mineiro Cemig (SA:CMIG4), representa 4,24 vezes a geração de caixa da companhia medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), ante teto de 4,25 vezes.

O pedido de reajuste extraordinário foi feito em uma reunião da empresa com a Aneel na última quinta-feira, quando a Light afirmou à agência que também tem sofrido com um aumento da necessidade de investimentos em função da realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro neste ano.

DÍVIDAS DO PODER PÚBLICO

Em apresentação feita durante esse encontro, a Light disse ainda que possuía cerca de 500 milhões de reais em faturas atrasadas junto a clientes do poder público em março de 2016, o que tem prejudicado a geração de caixa da concessionária.

No mês passado, o Estado do Rio de Janeiro decretou calamidade pública em razão da grave crise financeira, com previsão de déficit esse ano nas contas estaduais de 19 bilhões de reais e a perspectiva é que ele se mantenha perto desse patamar pelo menos até 2020.

A Light não é a única empresa do setor elétrico no Estado a sofrer com a situação.

Uma fonte do setor disse à Reuters que a Ampla, distribuidora controlada pela italiana Enel (MI:ENEI) que atua em parte do Rio de Janeiro não atendida pela Light, também tem sofrido com calotes por parte de governo e algumas prefeituras do Rio de Janeiro.

"Os débitos do Governo do Estado do Rio de Janeiro com a Ampla têm aumentado nos últimos anos, assim como também tem crescido a dívida de alguns governos municipais da área de concessão da empresa", disse a fonte, sob condição de anonimato.

FURTOS

Na reunião com a Aneel, a Light estimou também que teve uma perda de 100 milhões de reais em sua geração de caixa do ano passado somente devido ao aumento dos furtos de energia registrado na sequência de uma alta de mais de 50 por cento nas tarifas de eletricidade do Brasil.

O tarifaço, atribuído principalmente aos efeitos de uma seca sobre a geração hidrelétrica do país, ainda teria levado a perdas de 90 milhões de reais para a Light com a decorrente desaceleração do consumo dos clientes, além de outros 86 milhões de reais devido ao aumento da inadimplência.

Não há previsão de quando o pedido de reajuste extraordinário da Light poderá ser analisado pela Aneel.

No primeiro trimestre, o regulador negou pedidos semelhantes da AES Eletropaulo e da Ampla.

Procurada, a Light não comentou imediatamente.

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