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Lojas Americanas opera em alta; prejuízo cai no 1º tri, mas consenso era de lucro

Publicado 08.05.2020, 10:14
Atualizado 08.05.2020, 11:44
© Reuters.
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Por Gabriel Codas

Investing.com - As ações da Lojas Americanas (SA:LAME4) operam com valorização na manhã desta sexta-feira na bolsa paulista, mas abaixo dos ganhos do Ibovespa hoje. Os papéis operam sob forte volatilidade na sessão de hoje.

A varejista informou, ontem após fechamento do mercado, que teve leve melhora dos resultados no primeiro trimestre, mas abaixo do que previa o consenso.

O forte crescimento das vendas em seu braço digital mais do que compensou os primeiros impactos do isolamento social sobre suas lojas físicas, o que levou a uma receita líquida de R$ 4,06 bilhões entre janeiro e março, aumento de 14,2% na comparação com um ano antes. A receita da operação digital teve um salto de 32,3%, para R$ 1,7 bilhão.

No entanto, isso não impediu o registro de prejuízo líquido de R$ 49,2 milhões no trimestre, 8% menor do que em igual etapa de 2019. O consenso dos analistas de mercado era lucro líquido de R$ 101 milhões.

Por volta das 11h37, os papéis somavam 0,82% a R$ 27,02, com a mínima em R$ 25,70 e máxima em R$ 27,86. O Ibovespa registrava alta de 2,62% a 80.164 pontos.

Avaliação dos analistas

Para o Banco do Brasil Investimentos (BB-BI), o resultado referente veio neutro. Para os analistas, apesar da controladora ter conseguido manter 70% de suas lojas físicas abertas após a decretação de medidas de isolamento social por estados e municípios, a companhia não passou incólume aos desafios impostos pela pandemia do Covid-19.

A equipe aponta que, não obstante as dificuldades enfrentadas, o resultado veio em linha com as estimativas e praticamente estável na comparação anual, exceto pela margem líquida, a qual foi afetada negativamente por um evento não recorrente.

A XP Investimentos avalia que a Lojas Americanas e B2W reportaram fortes resultados referentes ao primeiro trimestre de 2020, em linha com as expectativas. Apesar dos efeitos negativos da crise desencadeada pelo novo coronavírus, as vendas do Universo Americanas (faturamento combinado da Lojas Americanas e da B2W) apresentaram um aumento de +17% na comparação anual (vs. +20% no 4Q19 e +17% em 2019), com melhoras importantes em todos os indicadores operacionais, especialmente na operação digital (B2W).

Os analistas esperam uma reação positiva ao anúncio. As ações apresentaram forte alta ao longo dos últimos trinta dias (+57% para BTOW3 (SA:BTOW3) e +31% para LAME4). Entretanto, eles ficaram positivamente surpresos com o progresso significativo na integração das operações físicas e online (multicanalidade), a forte aceleração do e-commerce em abril, e com a melhora na dinâmica de capital de giro em ambas as companhias.

Outras informações no balanço

Com o início do distanciamento social a partir da segunda quinzena de março, a plataforma física foi impactada pelo fechamento de lojas. A suspensão de funcionamento atingiu principalmente lojas em shopping centers (cerca de 30% do total) mas também impactou de forma pontual as lojas de rua.

Ainda assim, a receita no conceito mesmas lojas foi 2% maior. As lojas de rua tiveram crescimento de 6,5% e as lojas de shopping centers apresentaram queda de 4,2%.

O resultado operacional da Lojas Americanas no trimestre, medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 587,7 milhões, aumento de 4,8% ano a ano. A margem Ebitda caiu 1,3 ponto percentual para 14,5%.

Segundo a Lojas Americanas, um efeito adicional das medidas de contenção da pandemia foi a mudança na demanda, com forte queda em itens como vestuário, brinquedos, enquanto produtos de higiene, cuidado com bebês e bebidas avançaram fortemente.

A Lojas Americanas afirmou ter fechado março com caixa e equivalentes de caixa de 12,8 bilhões de reais.

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