Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - A recuperação mais lenta do que a esperada na mobilidade e os altos investimentos para a transformação digital podem representar pressões no curto prazo para a Lojas Renner (SA:LREN3), segundo o UBS, apesar de a proposta de valor do ponto de vista de produtos e acessibilidade
O banco elevou seu preço-alvo para a ação para R$ 42, de R$ 41 anteriormente, e manteve recomendação Neutra. Por volta das 16h desta quarta-feira (10), o papel operava em queda de 2,23%, a R$ 39,98, na mesma direção do Ibovespa, que caía 0,9%, aos 118.391 pontos. Desde a abertura, a máxima registrada pela ação foi de R$ 40,86 e a mínima, de R$ 39,58, com R$ 252,93 milhões em volume negociado.
A Renner tem conquistado aumentos sequenciais de sua participação no total de tráfego e gastos do varejo devido a sua proposta de valor atrativa para os consumidores dos pontos de vista de produtos, com uma vasta oferta de itens da moda, e acessibilidade, por meio de vendas e promoção.
As pressões de curto prazo, no entanto, devem limitar o ritmo de recuperação das vendas. Assim, o Goldman Sachs diminuiu sua projeção de vendas no varejo em 3% e 1% para 2020 e 2021, respectivamente, mantendo sua estimativa de R$ 10,8 bilhões em 2022, quando a maturação digital, as operações online to offline e a recuperação macroeconômica devem apoiar uma expansão das margens.
A expectativa do banco de lucro por ação para 2021 foi rebaixada em 6%, para R$ 1,45, mas a de 2022 foi aumentada em 2%, para R$ 1,91.
Para o balanço do quarto trimestre de 2020, as estimativas são de 0% de vendas nas mesmas lojas, versus -17% no 3T, e uma recuperação mais fraca no segmento financeiro conforme o portfólio de crédito se normaliza, o que implica em um crescimento de vendas de -2% ano a ano, a R$ 3,1 bilhões.
A margem bruta, estimada em 56%, deve seguir pressionada pelo câmbio e pela maior atividade promocional. Além disso, a margem Ebitda é projetada em 23%; o Ebitda de serviços finaneieiros, em R$ 66 milhões; e o NI, em R$ 350 milhões.