RIO DE JANEIRO (Reuters) - A BR Distribuidora (SA:BRDT3), empresa de combustíveis controlada pela Petrobras (SA:PETR4), teve lucro líquido de 247 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 58,3 por cento ante o mesmo período do ano anterior, informou a empresa ao mercado nesta sexta-feira.
O avanço no resultado, segundo a empresa, refletiu melhores margens de comercialização e redução das despesas financeiras líquidas. Os ganhos ocorreram apesar de um recuo no volume de vendas, como reflexo da situação econômica do país, disse a companhia.
Líder no mercado de distribuição de combustíveis e lubrificantes no país, a BR Distribuidora também registrou um crescimento de 19,5 por cento do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, para 773 milhões de reais nos primeiros três meses do ano, ante um ano antes.
"Esse resultado (do Ebitda) está alinhado com o direcionamento estratégico da companhia com foco na melhora de rentabilidade", afirmou a BR Distribuidora, em nota.
O aumento no lucro ocorreu com uma alta de 12,2 por cento na receita líquida, para cerca de 22,5 bilhões de reais, em meio a preços mais altos, ao mesmo tempo em que a empresa registrou uma redução no volume de vendas na rede de postos e no segmento Grandes Consumidores.
Entre janeiro e março, os volumes vendidos caíram 2,2 por cento, ante um ano antes. Isso porque, segundo a BR Distribuidora, "os efeitos da esperada retomada da atividade econômica no Brasil ainda não se refletiram nos volumes de vendas de alguns dos segmentos da companhia".
"No entanto, e de forma consistente à nossa estratégia de manutenção da rentabilidade, as margens brutas atingiram 150 reais por metro cúbico (alta de 4,9 por cento)", disse a companhia.
A dívida líquida da empresa no fim de março, por sua vez, caiu para 3,418 bilhões de reais (1,1 vez Ebitda ajustado), ante 9,175 bilhões (3,3 vezes Ebitda ajustado).
A queda do endividamento teve como contribuição o aporte de capital realizado pela Petrobras de 6,313 bilhões de reais e posterior liquidação antecipada do total dos saldos das Notas de Crédito à Exportação (NCEs), no montante de 7,708 bilhões, operações ocorridas em agosto de 2017.
Em consequência, a despesa financeira líquida apresentou redução de 102 milhões de reais ante o mesmo período do ano passado, para 46 milhões de reais.
A empresa, que abriu o seu capital em dezembro na bolsa paulista B3, com uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), destacou também que concluiu a reestruturação organizacional que resultou na redução de funções gerenciais e que terá impacto positivo nas metas de redução de despesas operacionais para 2018.
(Por Marta Nogueira)