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Lucro da Cosan cai 91,2% no 3º tri; moagem de cana da Raízen recua 14%

Publicado 07.11.2018, 19:32
Atualizado 07.11.2018, 19:40
© Reuters.  Lucro da Cosan cai 91,2% no 3º tri; moagem de cana da Raízen recua 14%
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Por José Roberto Gomes

SÃO PAULO (Reuters) - O lucro líquido da Cosan (SA:CSAN3), conglomerado brasileiro de energia e logística, caiu 91,2 por cento no terceiro trimestre ante igual período do ano passado, ainda sentindo reflexos dos protestos dos caminhoneiros e também impactado pela volatilidade cambial.

A companhia lucrou 43,9 milhões de reais entre julho e setembro, contra 499,7 milhões em igual momento de 2017. O resultado, contudo, foi melhor frente o prejuízo líquido de 64,3 milhões de reais observado no segundo trimestre deste ano.

"Tivemos um trimestre com bastante adversidade, por causa dos efeitos remanescentes da greve dos caminhoneiros", afirmou o gerente-executivo de Relações com Investidores da Cosan, Phillipe Casale.

Para exemplificar essas "adversidades", ele citou a "incerteza" inicial envolvendo a subvenção ao diesel e a própria oscilação do dólar ante o real por causa das eleições. Para o trimestre vigente, a tendência é que esses problemas não se repitam.

"O mercado já se acomodou. O próprio terceiro trimestre já foi mostrando uma melhora", disse.

A geração de caixa da Cosan medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado) diminuiu 25,4 por cento, para 1,2 bilhão de reais, no terceiro trimestre.

A receita líquida foi 19,3 por cento maior no período, totalizando 15,4 bilhões de reais, enquanto a alavancagem fechou o trimestre em 2 vezes, ante 2,1 vezes um ano antes.

SEGMENTOS

Por unidade de negócio, a Raízen Combustíveis, joint venture da Cosan com a Shell para distribuição de combustíveis, registrou Ebitda ajustado de 683 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 24 por cento na comparação anual, sentindo não só o rescaldo da greve dos caminhoneiros, como também uma demanda mais fraca de ciclo Otto.

Embora o volume de vendas tenha crescido 1,5 por cento, puxado por diesel e combustível de aviação, o total negociado de produtos do ciclo Otto (gasolina e etanol) recuou 3 por cento.

Na Raízen Energia, maior grupo sucroenergético do mundo e também joint venture da Cosan com a Shell, o Ebitda ajustado caiu 54 por cento no trimestre, para 641 milhões de reais, diante do carrego de estoques para comercialização futura.

"A estratégia da Raízen Energia é carregar estoques... e concentrar as vendas nos dois últimos trimestres da safra", comentou Casale, lembrando que o calendário seguido pela companhia sucroenergética vai de abril de um ano a março de outro.

As usinas da Raízen Energia processaram 24,3 milhões de toneladas de cana no trimestre encerrado em setembro, 14 por cento menos na comparação anual em razão de mais dias de chuvas, que atrapalham a colheita.

A empresa maximizou a produção de etanol, para níveis recordes, destinando 51 por da matéria-prima para a fabricação do biocombustível, ante 43 por cento um ano antes.

Em relação à fixação de vendas futuras de açúcar, Casale disse que a Raízen Energia está bem posicionada.

"Avançamos bem. Estamos com praticamente 100 por cento da safra atual protegida, a um preço médio de 50 centavos de real por libra-peso. E para a próxima temporada, mais ou menos 50 por cento fixada, com o preço mais acima", comentou ele.

Por fim, a Comgás (SA:CGAS5) teve Ebitda normalizado de 546 milhões de reais no trimestre (+14 por cento) e a Moove, de lubrificantes, Ebitda 34 por cento maior, a 60 milhões de reais.

(Por José Roberto Gomes)

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