Lucro da Motiva salta a R$897 mi no 2º tri com repactuação da BR-163 no MS

Publicado 29.07.2025, 19:28
Atualizado 29.07.2025, 19:30
© Reuters.

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A Motiva informou nesta terça-feira que teve lucro líquido de R$897,24 milhões no segundo trimestre, um salto em relação ao resultado de R$267,92 milhões registrado um ano antes, em desempenho beneficiado pela repactuação do contrato da BR-163, no Mato Grosso do Sul.

De acordo com a maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, que era conhecida anteriormente como CCR (BVMF:MOTV3), a otimização contratual da BR-163 constituiu um ativo fiscal diferido na concessão, o que teve um impacto positivo de R$480 milhões no resultado do período.

A empresa também destacou o impacto positivo do fim da operação de barcas no Rio de Janeiro, afirmando ser um ativo detrator nos resultados da companhia, e o início em 28 de junho da arrecadação em cinco praças de pedágio da concessionária PRVias, cujo contrato foi assinado em 14 de abril.

Excluindo os efeitos não-recorrentes em 2024 e 2025, o lucro líquido ajustado da Motiva somou R$398 milhões, queda de 3,2% ante o desempenho do mesmo período do ano passado. Projeções compiladas pela LSEG apontavam lucro líquido de R$363,8 milhões.

O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado totalizou R$2,09 bilhões, alta de 4,2% na comparação com mesmo trimestre de 2024, enquanto a margem nessa métrica melhorou de 57,6% para 58,8%, com a Motiva citando evolução na sua agenda de eficiência operacional e otimização do seu portfólio.

A média das projeções compiladas pela LSEG apontava Ebitda de R$2,3 bilhões.

A receita líquida ajustada consolidada cresceu 2,2% ano a ano, para R$3,563 bilhões no período do começo de abril ao final de junho, com a empresa citando efeito positivo da movimentação nas três plataformas de atuação da empresa -- rodovias, trilhos e aeroportos -- e pela evolução das receitas complementares.

A plataforma de rodovias, excluindo as novas concessões PRVias e a Sorocabana e a encerrada ViaOeste, teve uma alta de 3,4% no período, para 237,5 milhões de veículos. Contabilizando todos os ativos, houve uma queda de 14,2%. Em aeroportos, o número de passageiros subiu 10%, para 10,44 milhões de clientes.

Em trilhos, também em bases comparáveis com a exclusão da operação de barcas, a variação ficou estável, com ligeiro aumento de 0,5%, para 188,86 milhões de clientes transportados. Com todos os ativos, houve redução de 1,2%.

A companhia afirmou que encerrou o primeiro semestre de 2025 com a relação entre despesas operacionais (opex) e receita líquida ajustada de 38%, sinalizando a possibilidade de antecipar em um ano, de 2026 para 2025, o cumprimento de tal compromisso anunciado durante o Investor Day da empresa de 2024.

Em relação ao endividamento, a Motiva disse que encerrou junho com uma alavancagem ajustada de 3,7 vezes, refletindo as captações realizadas neste primeiro semestre para fazer frente às obrigações contratuais da PRVias e Sorocabana (SP).

A empresa destacou que a expectativa é de uma redução consistente do indicador ao longo dos próximos meses com a incorporação da geração de caixa destas novas duas concessões.

No segundo trimestre, os investimentos da Motiva totalizaram R$1,78 bilhão, 9,2% acima de igual período do ano passado e um crescimento de 31% ante o primeiro trimestre de 2025.

Entre os principais projetos, a empresa destacou o avanço das obras na Serra das Araras (RioSP), os trabalhos para a duplicação da BR-101 (ViaSul), a manutenção da AutoBAn e a continuidade das reformas das estações e das melhorias de sistemas nas Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, em São Paulo.

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