O lucro líquido da SLC (SA:SLCE3) apresentou uma queda de 34,2% no primeiro trimestre de 2019, a R$ 111,381 milhões, na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou a empresa por meio de um comunicado enviado ao mercado.
Apesar do aumento de 46,6% no lucro bruto das culturas faturadas no trimestre, o resultado consolidado apresenta declínio pela dinâmica de apropriação dos ativos biológicos (variação do valor justo e realização do valor justo) da cultura da soja.
“Pelo terceiro ano consecutivo, a SLC não apenas conseguiu obter rendimentos muito fortes (18% acima da média brasileira de soja), mas também aumentou agora os rendimentos esperados de soja, algodão e milho em 6%, em média, comparado às projeções anteriores, reafirmando o sucesso da nova fase estratégica da SLC que se concentra em áreas maduras e agricultura digital”, ressalta o BTG Pactual.
No primeiro trimestre do ano, a receita líquida e o volume faturado foram recordes para o período com aumento de 46,2% e 56,9% respectivamente. O maior volume faturado de soja é o destaque para o período, 72,6% superior, com crescimento de 108,2% na receita líquida.
“O avanço significativo do volume faturado é reflexo da melhoria de eficiência operacional no plantio e na colheita (plantamos e colhemos mais cedo), o que possibilitou a antecipação de embarques e o aproveitamento de melhor período logístico para escoamento do grão. Adicionalmente, houve aumento dos preços unitários faturados nas três principais culturas”, explica a empresa.
O Ebitda ajustado foi de R$225,5 milhões, aumento de 49,9%, com margem ajustada de 36,4%. Esse incremento foi oriundo, principalmente, do aumento no volume faturado de soja entre os períodos. O valor ficou 50% acima do estimado pelo BTG Pactual.
“O primeiro trimestre do ano é marcado pela colheita de soja e conclusão do plantio das culturas de 2º safra. Com a colheita de soja concluída no final de abril, realizamos uma produtividade de 3.742 kg/ha, 6,2% acima do projeto inicial e em linha com a produtividade atingida na safra anterior”, destaca a empresa.
Além disso, a empresa ressalta que esse resultado obtido é 18% superior à estimativa da média brasileira apurada para a safra 2018/19, de acordo com os últimos números da Conab. “Conforme temos mencionado, a distanciamento em relação à média de produtividade nacional é um dos principais objetivos da atual estratégia”, indica a empresa.