A Starbucks Corporation (NASDAQ:SBUX) (BVMF:SBUB34) obteve lucro líquido de US$ 912,9 milhões, ou US$ 0,79 por ação, no terceiro trimestre de seu ano fiscal 2022, encerrado em 3 de julho, informou a companhia nesta terça-feira, 2, depois do fechamento do mercado. O resultado representa queda de 21% ante igual período do ano fiscal anterior, quando a companhia lucrou US$ 1,153 bilhão, ou US$ 0,97 por ação.
Em termos ajustados, o lucro por ação diminuiu 15,2% de US$ 0,99 para US$ 0,84. A receita líquida cresceu 8,7% na mesma comparação, para US$ 8,15 bilhões. Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro ajustado de US$ 0,77 por ação e receita em linha com a reportada pela Starbucks.
A companhia disse que aumentos de salários, treinamento e custos de ingredientes afetaram o lucro das lojas no período, e que esses fatores foram parcialmente compensados por preços mais altos. A margem operacional diminuiu 4 pontos porcentuais, de 19,9% para 15,9%, refletindo principalmente pressões inflacionárias, restrições e lockdowns associados a surtos de covid-19 na China e investimentos em salários de funcionários das lojas, disse a Starbucks.
As vendas globais no conceito mesmas lojas cresceram 3% na comparação anual, refletindo um aumento de 6% no tíquete médio e uma queda de 3% no número de transações. As vendas mesmas lojas aumentaram 9% nos Estados Unidos e diminuíram 18% no segmento internacional. Na China, essas vendas caíram 44%. A queda no segmento internacional e na China foi motivada principalmente por restrições associadas a surtos de covid-19 na China e pelo impacto adverso do câmbio.
No terceiro trimestre fiscal, foram abertas 318 lojas, já descontados os fechamentos. Ao fim do período, a Starbucks tinha 34.948 lojas globalmente, sendo 51% próprias e 49%, licenciadas.
A companhia, que vem enfrentando nos últimos meses um forte movimento de sindicalização em várias de suas lojas próprias nos Estados Unidos, disse na segunda-feira (1º) que seus baristas vão receber pelo menos US$ 15 por hora ou um aumento de 3%. O sindicato Starbucks Workers United criticou a empresa por inicialmente limitar os aumentos salariais a lojas não sindicalizadas. O sindicato disse que está renunciando ao seu direito de negociar os novos salários e pediu à empresa que conceda os aumentos também aos funcionários sindicalizados.
Um porta-voz da Starbucks disse: "a lei é clara: uma vez que uma loja se sindicaliza, nenhuma mudança nos benefícios é permitida sem uma negociação coletiva de boa fé".
O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas disse nesta terça-feira que certificou sindicatos em 184 das 9 mil lojas da Starbucks nos EUA e que tentativas de sindicalização fracassaram em 29 locais. O conselho disse ainda que 54 eleições sindicais adicionais estão pendentes em lojas da Starbucks. Com informações da Dow Jones Newswires.