A fabricante norueguesa Yara Fertilizantes registrou lucro líquido de US$ 2 milhões no terceiro trimestre de 2023. O resultado representa queda de 99,5% ante igual período do ano anterior, de US$ 402 milhões. O lucro por ação excluindo variações do câmbio e itens especiais foi de US$ 0,19 por ação, ante valor de US$ 2,00 por ação no terceiro trimestre de 2022.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 62%, para US$ 397 milhões.
Ao excluir itens especiais, o Ebitda do terceiro trimestre deste ano foi 60,4% menor quando comparado com igual intervalo de 2022, para US$ 396 milhões. De acordo com a companhia, a queda no indicador reflete, principalmente, a redução das margens e os preços mais baixos de venda, que superaram a queda nos custos de energia e aumento das entregas.
"Os resultados do terceiro trimestre foram afetados pela forte queda de preços em comparação com o ano anterior, uma vez que a indústria de nitrogênio continua a operar em um ambiente de margens mais baixas. Embora os fundamentos agrícolas sejam favoráveis, os mercados de nitrogênio continuam sensíveis à volatilidade da geopolítica e das commodities", disse o presidente e CEO da Yara, Svein Tore Holsether.
Ele destacou ainda que a guerra e a crise climática pioram a questão da segurança alimentar. "Portanto, é ainda mais importante garantir a autonomia estratégica da Europa na área de alimentos e fertilizantes e acelerar a transição verde da agricultura e da indústria europeias", afirmou.
As entregas de produtos da companhia foram 5,9% maiores em comparação com o terceiro trimestre do ano anterior, e atingiram 8,439 milhões de toneladas. A produção de fertilizantes acabados da companhia no período registrou alta de 10%, para 5,062 milhões de toneladas, enquanto a produção de amônia subiu 12,5%, para 1,722 milhão de toneladas.
Segundo a Yara, a fase de entregas é "incerta" e há risco de novos cortes na produção de nitrogênio se a demanda europeia continuar lenta, mas as perspectivas para a temporada completa são positivas. "As condições agrícolas são favoráveis e consultores da indústria preveem um aumento na produção de cereais em 2023/24, apesar da seca em várias regiões no início do ano. Embora a acessibilidade aos fertilizantes tenha diminuído durante o trimestre, ela ainda está acima das médias históricas, e as taxas de aplicação ideais são maiores em comparação com a temporada 22/23", disse em nota.