Por Aparajita Saxena
(Reuters) - O lucro trimestral do Goldman Sachs superou expectativas de Wall Street nesta terça-feira, com a volatilidade em mercados globais impulsionando o avanço dos negócios com títulos e ações.
O negócio de transações com bônus foi destaque, e registrou avanço de 23 por cento da receita no primeiro trimestre.
A receita geral com transações - o maior negócio do Goldman - subiu 30,5 por cento, com a volatilidade dos mercados globais em fevereiro, após uma prolongada calmaria em 2017.
A receita total, incluindo a receita líquida com juros, subiu 25 por cento, para 10 bilhões de dólares, com todas os quatro negócios do grupo registrando aumento de receita.
O analista Glenn Schorr, da Evercore ISI, classificou a receita de 1,8 bilhão a 2,3 bilhões de dólares do Goldman em cada uma das unidades de negócios como "impressionante".
"Obviamente, nem sempre será tão bom assim, mas com certeza é legal ver o bom e velho Goldman se superando num trimestre que esteve longe de ser o pano de fundo perfeito", escreveu em nota.
Após a queda acentuada do negócio de títulos em 2017, o banco lançou um plano elevar a receita anual em até 5 bilhões de dólares ao ano, cortejando bancos e gestores de ativos, marcando presença com clientes corporativos, especialmente em commodities e moedas, emprestando mais e contratando mais em trading.
O vice-presidente financeiro, Marty Chavez, disse que a administração do banco está "cautelosamente otimista" de que os fatores que ditaram desempenho superior no trimestre continuem.
O plano de gerar mais receita atraindo novos clientes e oferecendo mais produtos e serviços deve proporcionar um aumento adicional, disse ele.
O lucro líquido atribuível aos acionistas ordinários subiu 27 por cento, para 2,74 bilhões de dólares, ou 6,95 dólares por ação, e superou a estimativa média dos analistas de 5,58 dólares por ação, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.
A receita com investimentos e empréstimos subiu 43 por cento, enquanto a receita da unidade de banco de investimento, incluindo taxas com coordenação de ofertas, subiu 5,3 por cento.
O retorno sobre o patrimônio líquido do banco foi de 15,4 por cento. Analistas normalmente gostam de ver os bancos produzirem retornos de pelo menos 10 por cento para atender o custo de capital.
O arquirrival do Goldman, o Morgan Stanley (NYSE:MS) deve divulgar os resultados trimestrais na quarta-feira.
(Por Aparajita Saxena e Sweta Singh)