SÃO PAULO (Reuters) - A companhia aérea Azul (SA:AZUL4) registrou lucro líquido de 303,7 milhões de reais no quarto trimestre, um salto de quase 6 vezes ante o resultado positivo de 51,3 milhões de reais no mesmo trimestre de 2016, com as receitas crescendo mais do que os custos.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros e impostos (Ebit) subiu quase 80 por cento para 305,6 milhões de reais, resultado em uma margem de 13,9 por cento ante 9,3 por cento no quatro trimestre de 2016.
"Este foi o melhor resultado num quarto trimestre para a Azul, apesar do aumento de 16,0 por cento no preço do combustível quando comparado ao ano anterior", disse a empresa em comunicado nesta quinta-feira.
A empresa disse que a melhora na margem operacional foi resultado da estratégia adotada ao longo do ano de expandir a margem com base em substituição de aeronaves menores por modelos maiores e mais eficientes, crescimento contínuo do programa de fidelidade e expansão de receitas auxiliares.
No ano, a margem operacional foi de 11,1 por cento, acima da registrada em 2016, de 5,2 por cento e ligeiramente superior à estimativa da empresa anunciada no início do ano passado, de que ficaria entre 9 por cento e 11 por cento.
O Ebitdar, que exclui os gastos com aluguéis de aeronaves, subiu 28 por cento para 674,2 milhões de reais, com margem de 30,7 por cento, alta de 1,7 ponto percentual.
A receita líquida da Azul subiu 20,5 por cento na comparação anual, para 2,2 bilhões de reais, enquanto os custos dos serviços prestados subiram 14,4 por cento, para 1,9 bilhão de reais na mesma comparação.
A Azul anunciou também nesta quinta-feira sua projeções para o ano de 2018, com expectativa de aumento da capacidade entre 17 e 20 por cento no ano. Esse crescimento deve ser guiado, principalmente, pela expansão de 55 a 60 por cento na oferta internacional, enquanto a doméstica deve crescer de 8 a 10 por cento.
A empresa projeta ainda crescimento de 3 a 4 por cento nas decolagens. A margem operacional estimada para este ano é entre 11 e 13 por cento.
(Por Raquel Stenzel e Flavia Bohone)