Por P.J. Huffstutter
CHICAGO (Reuters) - A empresa do agronegócio Cargill reportou nesta quinta-feira um salto de 14 por cento no lucro do terceiro trimestre fiscal de 2019, conforme cortes de gastos corporativos impulsionaram seus ganhos apesar da contínua guerra comercial entre Estados Unidos e China e de uma enxurrada de outros desafios que se arrastam em todas as suas quatro unidades de negócios.
O maior ponto positivo foi a força do segmento de carne bovina da empresa na América do Norte, puxada pela forte demanda doméstica e de exportação da proteína e produtos de ovos. As vendas crescentes de rações para peixes na região do Mar do Norte e na América do Norte também reforçaram o negócio de nutrição e proteína animal.
Mas os resultados do setor de nutrição animal da Cargill caíram, em parte devido ao surto de peste suína africana na China e em outros países, disse a empresa.
Enquanto isso, as tensões entre Estados Unidos e China e outras interrupções na cadeia de suprimentos continuaram a pressionar os lucros da unidade de originação e processamento da empresa.
"A turbulência comercial também afetou negativamente as operações de esmagamento de soja na China, assim como a menor demanda por farelo de soja para ração após o abate de suínos para controlar a disseminação da peste suína africana", afirmou a empresa em seu comunicado.
Os lucros de seus negócios de amidos e adoçantes também caíram à medida que os preços do etanol nos EUA atingiram mínimos históricos.
A empresa de capital fechado informou que seu lucro líquido no trimestre encerrado em 28 de fevereiro de 2019 foi de 566 milhões de dólares, um aumento de 14 por cento em relação aos 495 milhões de igual período um ano antes.
As receitas do terceiro trimestre da Cargill caíram 4 por cento, para 26,9 bilhões de dólares, elevando o acumulado do ano para 83,5 bilhões. O lucro operacional ajustado trimestral da empresa foi de 604 milhões de dólares, alta de 8 por cento.
(Reportagem adicional de Shanti S Nair, em Bangalore)