BERLIM (Reuters) - A Lufthansa pediu a um sindicato de pilotos alemães que retorne às negociações, conforme a companhia aérea tenta afastar outra custosa greve devido a mudanças em um esquema de aposentadoria antecipada.
O sindicato Vereinigung Cockpit (VC), que representa a maioria dos 5.400 pilotos da Lufthansa, decidiu a favor de uma ação industrial iminente após ter dito no final de sexta-feira que as conversas sobre o esquema fracassaram.
"Estamos buscando um compromisso e não conseguimos entender o motivo de as conversas terem sido descritas como um fracasso", disse a repórteres nesta segunda-feira a participante do Conselho da Lufthansa Bettina Volkens, acrescentando que a companhia quer evitar uma ação industrial.
A disputa com os pilotos está relacionada a provisões para um plano de aposentadoria antecipada de 50 anos atrás.
Os pilotos da Lufthansa podiam trabalhar apenas até os 55 anos de idade, o que significa que havia uma lacuna de oito anos entre o final de suas carreiras e a idade legal de aposentadoria na Alemanha.
No entanto, tribunais europeus decidiram agora que os pilotos podem trabalhar até os 65 anos de idade e a Lufthansa que acabar com o plano de aposentadoria antecipada, para o qual alocou 1,1 bilhão de euros em 2013.
Os pilotos querem assegurar que seus membros ainda tenham o direito de se aposentar antecipadamente se quiserem, sem perder as provisões.
A Lufthansa havia cancelado o esquema, medida com efeito neste ano. Mas, após uma greve de três dias em abril sobre a mesma questão, a companhia disse que manterá as provisões até 2016 para dar mais tempo às negociações.
A greve de abril custou 60 milhões de euros à Lufthansa em lucros perdidos no primeiro semestre do ano.
(Por Victoria Bryan)