Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O cenário macroeconômico penalizou os resultados trimestrais da Magazine Luiza (SA:MGLU3), assim como a base de comparação forte do 3T20 também faz com que os números apareçam menos animadores, destaca a Genial Investimentos.
O GMV cresceu 22% no 3T21 na comparação anual e a Genial destaca que o marketplace avançou 67%. As vendas digitais representam 72,3% do GMV total do grupo e alcançaram a marca dos R$ 10 bilhões. O e-commerce foi impulsionado pela constante evolução do SuperApp.
As vendas das lojas físicas, porém, apresentaram queda anual de 8%, impactadas pela deterioração macroeconômica. A XP destaca que a própria Magalu sinalizou que a perspectiva seguirá desafiadora no canal por conta do cenário atual, mas acredita que a dinâmica do marketplace deve seguir robusta.
A inflação nos custos, junto com o aumento dos gastos com marketing e a queda nas lojas físicas, levaram a uma menor diluição das despesas operacionais, o que para a XP pressionou a margem bruta e fez com que a margem Ebitda caísse 2,5 p.p.
O Bank of America (BofA) afirma que a inflação e a diminuição do poder de compra dos consumidores devem continuar afetando a varejista nos próximos meses. Mas considerando que o comércio digital ainda tem baixa adesão no país, o BofA considera que a Magazine Luiza está bem posicionada para essa consolidação no longo prazo.
Um ponto positivo destacado pela Ativa Investimentos é o crescimento de 98,5% em relação ao 3T20 da iniciativa da fintech da Magalu. Esse segmento, que integra soluções financeiras para os clientes e para os sellers, atingiu um TPV total de R$ 18,5 bilhões no 3T21.
Para a Ativa, mesmo com os desafios do trimestre, a Magazine Luiza trouxe resultados resilientes de forma geral e tem um histórico de ganhos saudáveis de participação de mercado, o que indica boas chances de continuar crescendo nos próximos anos. Assim, a corretora ainda mantém a indicação de compra do ativo, com preço-alvo de R$ 28,40.
A capacidade da Magalu em mitigar os efeitos negativos do cenário macroeconômico e aproveitar o momento para aumentar sua participação de mercado, sem perder o foco em rentabilidade, também fazem com o que o BB Investimentos esteja confiante em uma valorização do ativo. Por isso, eles recomendam a compra, com preço-alvo em R$ 22,90.
A Genial, por outro lado, tem uma postura mais conservadora no crescimento da companhia devido a alta competitividade no setor, optando por reduzir o preço-alvo para R$ 18 e reiterando a recomendação de manter os papéis.
A XP também tem uma indicação neutra, com preço-alvo em R$ 18. Já o BofA possui uma recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 30.
Às 12h34, as ações da Magazine Luiza recuavam 14,95%, a R$ 11,61.